Setor lácteo reforça pedidos a Maggi durante Expointer
Representantes da cadeira produtiva devem export o momento de crise vivido por conta dos baixos preços
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Diante deste cenário, quer buscar alívio em ações que podem ser tomadas em âmbito federal da mesma forma como fez o governo estadual. Na quinta-feira, o governador José Ivo Sartori anunciou que vai suspender e deixar de atualizar dois decretos que garantem diferimento tributário para o leite em pó importado por indústrias no Estado e destinado posteriormente a outras regiões do país.
A notícia foi comemorada pelas lideranças que acreditam que a medida tomada pode inibir a entrada de leite no país por meio do Estado. O presidente do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Carlos Joel da Silva, diz que a revogação dos decretos é uma questão de moralidade. “Como as entidades iriam levar reivindicações ao Ministério da Agricultura, se aqui no Estado dois decretos em vigência incentivavam a importação de leite? Politicamente, foi muito boa esta postura do governo”, elogia.
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, diz que a extinção dos decretos ajudará a minimizar o impacto da entrada de leite estrangeiro. “Melhorará a condição competitiva do leite gaúcho”, prevê. Guerra e Silva comentam que vão repassar ao ministro pedidos de revisão do preço mínimo do leite em pó, que é calculado pela Conab. Atualmente, o mínimo é de R$ 11,99 o quilo para a Região Sul, enquanto que a reivindicação é de que seja fixado em R$ 14, para se adequar à realidade. Também será defendida a compra governamental emergencial de pelo menos 20 mil toneladas de leite em pó no Estado e a criação de um programa de controle de estoque, com a estipulação de cotas para a entrada do leite do Uruguai.