Exportações em janeiro mostram avanço da carne suína e recuo do frango
Setor de aves do Rio Grande do Sul teve recuo de 15,3% nos volumes embarcados
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Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram avanço das exportações brasileiras de carnes suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) e recuo na de frango no mês de janeiro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os embarques da proteína produzida no Rio Grande do Sul seguiram o mesmo perfil, com crescimento de 3,44% em suínos e redução de 15,3% nos volumes de frangos.
Em escala nacional, os embarques de suínos foram de 99,6 mil toneladas em janeiro, superando em 11,7% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 89,2 mil toneladas. Em receita, as vendas internacionais do setor alcançaram 199 milhões de dólares, saldo 6,3% inferior ao total registrado em janeiro de 2023, com 212,4 milhões de dólares. O principal destino foi a China, que importou 23,1 mil toneladas (-44,6% em relação ao ano anterior). Em fluxo positivo, as Filipinas compraram 12,3 mil toneladas (+241,3%), seguida pelo Chile, com 10,8 mil toneladas (+65,7%), Hong Kong, com 9,5 mil toneladas (+34%) e Singapura, com 5,1 mil toneladas (+10%).
Santa Catarina lidera o ranking dos maiores estados exportadores, com 55,5 mil toneladas exportadas em janeiro, crescimento de 11%. O Rio Grande do Sul embarcou 21,2 mil toneladas, crescendo 3,44% na comparação com janeiro de 2023. Na sequência, aparecem Paraná, com 10,9 mil toneladas (+4,9%), Mato Grosso, com 2,6 mil toneladas (+25,8%) e Mato Grosso do Sul, com 2,5 mil toneladas (+23,8%).
“Há uma diversificação nos destinos de exportações de carne suína, com o estabelecimento de maior demanda em determinadas nações da Ásia. Neste mês, também vimos países das Américas, como Chile e Estados Unidos, reforçarem suas compras”, analisou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Carne de frango
Conforme a ABPA, as exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) somaram 404,9 mil toneladas em janeiro, 3,8% abaixo das 420,9 mil toneladas na comparação mensal. No mesmo período, a receita alcançou 683,6 milhões de dólares, saldo 20,2% inferior ao registrado no ano anterior, com 856,6 milhões de dólares. Entre os principais compradores, o Japão adquiriu 40,1 mil toneladas em janeiro (+6,4%), seguido por Emirados Árabes Unidos, com 38,7 mil toneladas (+7,5%), China, com 38,4 mil toneladas (-36,2%) Arábia Saudita, com 34,9 mil toneladas (+7,9%) e África do Sul, com 31,9 mil toneladas (+8%).
O Paraná segue na liderança entre os estados exportadores, com 165,9 mil toneladas embarcadas (+3,8%), seguido por Santa Catarina, com 90,7 mil toneladas (-4,8%), Rio Grande do Sul, com 54,3 mil toneladas (-15,3%), São Paulo, com 23,5 mil toneladas (-3,1%) e Goiás, com 19,3 mil toneladas (-2,9%).
“O fluxo mensal de exportações segue acima das 400 mil toneladas, dentro do esperado para o primeiro mês do ano. Apesar do quadro complexo em torno do mar vermelho, as nações do Oriente Médio seguem em destaque, com altas significativas nas importações”, avaliou Rua.
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