Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume da exportação gaúcha de frango, sem embutidos, totalizou 692.868 toneladas no ano passado. O resultado interrompe um ciclo de números positivos de cinco anos. A retração em 2024 foi de - 6,32%, na comparação com 2023, quando foram embarcados para outros países 739.574 toneladas de carne.
Com o desfecho do ano passado consolidado, o Rio Grande do Sul foi responsável por 13,42% do market share das exportações do setor. O estado enviou 692.868 toneladas de carne de frango para fora do Brasil em 2024. Especificamente em dezembro, foram 56.706 toneladas.
Questionado se os resultados ficaram dentro das expectativas, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, confirmou que ficaram dentro do esperado.
“Para a carne de frango houve efeitos localizados nos embarques do Rio Grande do Sul decorrentes da situação de Doença de Newcastle, especialmente para destinos como China e México", recordou.
A patologia New Castle foi identificada em julho, na cidade de Anta Gorda, no Vale do Taquari. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu o fim da ocorrência da enfermidade no dia 24 de outubro.
Entre os estados exportadores o Rio Grande do Sul ficou em terceiro lugar, atrás de Santa Catarina e Paraná que liderou o ranking. No Brasil, as exportações de carne de frango cresceram 3% e alcançaram um novo recorde. A receita com os embarques aumentaram 1,3% e se aproximaram de US$ de 10 bilhões. Ao todo, foram embarcadas 5,294 milhões de toneladas nos doze meses do ano passado, contra 5,138 milhões de toneladas em 2023. É o maior volume de exportação já registrado pelo setor.
O principal comprador do frango do Brasil em 2024 foi a China, com 562,2 mil toneladas (-17,6% em relação ao ano anterior). Na sequência, firam Emirados Árabes Unidos, com 455,1 mil toneladas (+3,3%) e Japão, com 443,2 mil toneladas (+2,2%).