Frota de aeronaves cresce 3,1% em um ano no Brasil

Frota de aeronaves cresce 3,1% em um ano no Brasil

Mato Grosso é o estado que mais usa aviões como aparelhos auxiliares de atividades agropecuárias, seguido pelo Rio Grande do Sul e São Paulo

Nereida Vergara

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O Brasil tem neste mês de abril uma frota de aeronaves agrícolas calculada em 2.352 unidades, 3,16% maior que a registrada há um ano. Conforme balanço divulgado nesta quarta-feira pelo Sindicato Nacional de Aviação Agrícola (Sindag), em evento virtual, o crescimento da frota é menor que o de 2019 (3,92%) e que o de 2018 (3,74%), principalmente em razão da valorização cambial a partir de março do ano passado, que desacelerou as compras. “Erramos por apenas dois aviões em nossa projeção para 2021, mas acertamos ao dizer que o crescimento se manteria acima dos 3% pelo terceiro ano consecutivo”, destaca o presidente do sindicato, Thiago Magalhães Silva.

De acordo com a entidade, embora tenha reduzido a frota em cinco unidades, o Rio Grande do Sul segue sendo o segundo estado com maior número de aeronaves no país (421), ficando atrás apenas do Mato Grosso, que tem 550, que está com 26 a mais que em 2020. O terceiro na lista é São Paulo, com 333 aeronaves. O relatório aponta que em 14 estados brasileiros houve aumento de frota, em seis houve redução e em quatro o número se manteve estável. Magalhães Silva observou, também, que a expectativa é de que o ano de 2021 possa fechar com crescimento maior, impulsionado pela alta nas commodities.

Para 2022, o Sindag ainda é cauteloso nas projeções. Segundo o presidente, é preciso analisar a questão tributária e a prorrogação do Convênio 100, renovado em 12 de março, e que manteve o desconto nas alíquotas de ICMS sobre as aeronaves até 31 de dezembro de 2021. Magalhães Silva afirma que se não houver nova prorrogação do benefício no ano que vem, os impostos sobre as aeronaves importadas e as peças de reposição podem subir de 4% para 18% (tomando-se como referência o estado de São Paulo).

Ex-diretor e atual consultor do sindicato, Eduardo Cordeiro de Araújo apresentou na live da entidade a proporção do uso de combustíveis na aviação agrícola nacional em 2020. Do total da frota, 1.135 aviões e helicópteros operados no país utilizaram a gasolina de aviação como combustível, sendo que 744 foram movidos a etanol e 473 usaram a querosene.

No mercado aeroagrícola brasileiro predominam as aeronaves turboélice, maiores, mais potentes, com melhor rendimento e ideais para cobertura de grandes lavouras. A frota de turboélices, aponta o Sindag, cresceu 284,5% de 2011 a 2020, passando de 123 para 473 aeronaves.


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