Levantamento da Conab aponta para colheita menor na safra 2017/2018
Projeção é que a produção fique entre 33,3 milhões e 34,2 milhões de tonelada
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O superintende regional da Conab, Carlos Bestétti, observa que o resultado sofrerá forte impacto do recuo da área cultivada com milho, para uma extensão de 672,9 mil a 743,7 mil hectares, ante os 804,9 mil hectares da safra 2016/2017. Além disso, como a colheita do ciclo passado foi excepcional, superior à média dos últimos cinco anos, a base de comparação se tornou alta. Dificilmente se repetirão tantas condições climáticas favoráveis no novo ciclo, especialmente para a soja.
“A produção estimada de milho deve ficar entre 4,8 milhões e 5,3 milhões de toneladas, de 11,3% a 19,7% menor que a da safra anterior”, destaca Bestétti. O superintendente diz que a redução específica deste grão se deve aos altos estoques e ao baixo preço pago ao produtor.
Para o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, os números de retração do milho podem ser ainda maiores, uma vez que em algumas áreas do Estado o recuo no plantio passa de 20%. “A queda é uma pena, pois se trata de uma matéria-prima estratégica para os produtos de origem animal”, avalia.
No Brasil, a projeção da Conab é de redução de 4,3% a 6% sobre a safra 2016/2018, de 238,5 milhões de toneladas, o que levará a uma produção de 224,1 milhões a 228,2 milhões de toneladas. No país, a produção de milho deve ficar entre 92,1 milhões e 93,6 milhões de toneladas e a de soja entre 106 milhões a 108 milhões de toneladas.
