Luciano Schwerz assume Emater/RS-Ascar

Luciano Schwerz assume Emater/RS-Ascar

Novo presidente da entidade promete modernizar metodologias e assegurar maior presença de extensionistas “da porteira para dentro”

Poti Silveira Campos

Natural de Sarandi, Luciano é engenheiro agrônomo, extensionista rural e professor de Ensino Superior

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Qualificação, capacitação e mudanças na metodologia de trabalho com uso da tecnologia da informação são as prioridades do engenheiro agrônomo e extensionista rural Luciano Schwerz, 36, novo presidente da Diretoria Executiva da Emater/RS e superintendente geral da Ascar.

“Chego à [presidência da] Emater com um anseio muito grande de qualificarmos nossas ações de extensão rural e de melhorar nossas metodologias. Vivemos num mundo digital, um mundo no qual o tempo das coisas mudou. Vamos marcar nossa caminhada com uma mudança na forma e na estrutura, com aplicação da tecnologia de informação nas metodologias de extensão”, disse Luciano.

A escolha do engenheiro para o comando da instituição foi validade em sessão conjunta dos Conselhos Técnico Administrativo da Emater/RS e da Ascar (CTA/Conad), realizada na tarde de terça-feira, 10, no Escritório Central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre.

Natural de Sarandi, Luciano é filho de agricultores familiares. Possui mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria e doutorado em Fitotecnia pela ESALQ. Com experiência em pesquisa e extensão rural, atua como professor de Agronomia no Centro de Ensino Superior Riograndense, desde 2016.

Extensionista desde 2012 na Emater/RS-Ascar, Luciano liderou o escritório de Sarandi e gerenciou a regional de Frederico Westphalen, focando na aproximação com entidades e na qualificação técnica para produtores.

Grandes desafios

Para o novo presidente, “o primeiro grande desafio” que deverá enfrentar é preparar equipes de atuação nas regiões atingidas pelas chuvas e enchentes de abril e maio. Luciano destacou a necessidade de apoio técnico aos municípios, principalmente para recomposição de solos, devastados pelo acúmulo de detritos ou que tiveram a camada fértil levada pelas enxurradas, somado à reorganização da capacidade produtiva do setor primário, são tarefas destacadas por Luciano.

“Hoje [quarta-feira, 11] mesmo estivemos reunidos com Embrapa Trigo, fazendo uma preparação do modelo de diagnóstico e do plano de trabalho nas propriedades. Como vamos atuar tecnicamente, fazendo a leitura e a proposição da estratégia de correção do solo. Já está bem desenhado. Já está bem adiantado. Agora vamos levar isso ao quadro técnico”, informou o presidente.

Outro ponto importante, de acordo com o dirigente, é a colaboração da Emater na elaboração de laudos que permitam aos produtores rurais acessar descontos em financiamentos. O documento é exigido, em alguns casos, em políticas definidas pelo governo federal em auxílio aos agropecuaristas gaúchos.

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A qualificação técnica dos extensionistas está entre as ações planejadas para 2025, quando a atividade de extensão rural comemorará 70 anos de implantação no Rio Grande do Sul. “Estamos buscando parceiros para transmissão de conhecimento. Vamos fazer um intenso trabalho para trazer aos colegas extensionistas aporte técnico, social e de conhecimento de primeira linha, para que possamos atender as famílias de modo cada vez mais rápido”, disse.

Eixo estratégico

Um terceiro eixo de atuação é definido como “fundamental e estratégico” por Luciano.

“É dar maior celeridade, maior agilidade à nossa estrutura, seja administrativa ou seja técnica. Reduzir a burocracia e aumentar nossa presença da porteira para dentro. É um grande desafio”, afirma.

Para enfrentar o desafio, o presidente pretende aplicar, antes de tudo, os recursos de tecnologia de informação para diminuir o tempo gasto com, por exemplo, prestações de contas de escritórios municipais, gerenciamento de frotas de veículos e o registro de ações desenvolvidas.

“Queremos tornar esse processo digitalizado, com uso também de recursos de inteligência artificial. Essa economia de tempo, para uma entidade como a Emater, que tem mais de 1,7 mil funcionários, permite muitas horas técnicas para que mais presença de campo aconteça”, concluiu Luciano.


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