Morre Mirta Vanni de Barbot, a primeira mulher piloto agrícola do mundo
A uruguaia era considerada “la última langostera”, numa referência aos pilotos caçadores de “langostas” (gafanhotos, em espanhol) dos anos 1940

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Faleceu no sábado, dia 22, a uruguaia Mirta Vanni de Barbot, com 101 anos. Ela é considerada a primeira mulher piloto agrícola do mundo. Mirta estreou no setor em 1946, voando a serviço do Ministério da Agricultura e Pesca. Ela era atualmente considerada “la última langostera”, numa referência aos pilotos caçadores de “langostas” (gafanhotos, em espanhol) dos anos 1940.
Em 1946 houve a ocorrência de uma temporada em que grandes nuvens de insetos chegaram ao sul do continente, provocando inclusive (no ano seguinte), o nascimento da aviação agrícola no Brasil. Mirta foi sepultada no domingo, dia 24,, em Montevidéu.
Nascida em 3 de janeiro de 1924, em Carmelo – à beira do Rio da Prata no departamento de Colonia, Mirta despertou sua paixão pela aviação nas visitas frequentes ao campo de aviação de sua cidade. Isso até os 13 anos. Aos 14, com a morte de seu pai, mudou-se com o restante da família para Montevidéu, onde, aos 16 anos, conseguiu uma bolsa de piloto amador para enfermeiras (a esta altura, já tinha feito os cursos de enfermagem e de enfermeiras para avião). Já em 1943 se tornou a primeira piloto profissional (Brevê Classe B) de seu país – além e ter feito o curso de mecânica aeronáutica.
Após entrar para a aviação agrícola, três anos depois, ela iniciou uma carreira que a levou a diretora dos Serviços Aeronáuticos do Ministério. Mirta viajou para nações como Estados Unidos e Nova Zelândia em intercâmbios busca técnicas e novidades em equipamentos para aprimorar os serviços aeroagrícolas no Uruguai.
Nos anos 1950, Mirta conheceu a piloto Ada Rogato (primeira mulher a voar agrícola em nosso País e uma das maiores heroínas da aviação brasileira), durante uma visita de aviadores brasileiros a Montevidéu.