Ocergs alerta para impactos da chuva nas cooperativas do RS
Entidade pede ao governo crédito diferenciado aos produtores dos municípios que decretaram estado de emergência ou calamidade
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O Sistema Ocergs emitiu nota, nesta quinta-feira, manifestando preocupação com os impactos socioeconômicos negativos do excesso de chuva atualmente vivenciado pelo Rio Grande do Sul. A apreensão está, principalmente, no aumento das perdas no campo em razão da destruição de estradas, pontes, falta de energia elétrica e de comunicação.
Por isso, a organização solicitou auxílio emergencial a órgãos de governo e agentes financeiros. “Concomitante a essas medidas, já é preciso pensar em linhas de crédito de médio e longo prazos para socorrer os associados e as cooperativas diante da terceira catástrofe climática”, alertou o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann.
Segundo o dirigente, se obtido, o crédito será usado para alongar e apoiar o setor, que não tem condições operacionais de suportar tantos prejuízos em curto intervalo de tempo. “Precisamos de fôlego para continuar produzindo”, alertou.
O ofício foi enviado a autarquias federais, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o Ministério da Agricultura e Pecuária, e o BNDES. Na esfera estadual, foi emitido para a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e para o BRDE, dentre outros.
O Sistema Ocergs ponderou a necessidade de auxílios emergenciais como a linha Crédito Cooperativas, lançada pelo BNDES em 2023, com condições diferenciadas para cooperativas que exercem atividades em municípios que tenham decretado estado de emergência ou calamidade, reconhecido pelo governo federal.
“O objetivo é apoiar o setor atingido, que não tem condições operacionais de suportar, num curto intervalo de tempo, tantos prejuízos”, argumentou o documento.
O ofício ainda destacou a importância da destinação de crédito emergencial com desconto na contratação, para os agricultores familiares gaúchos que tiveram perdas de safra, conforme foi feita com a edição da Medida Provisória n° 1.189, de 27 de setembro de 2023.
“Além disso, acreditamos que é fundamental a destinação de mais recursos em caráter emergencial para a aquisição direta de produtos da agricultura familiar do estado do Rio Grande do Sul por meio do Programa de Aquisição de Alimentos”, finalizou.