Pandemia provocou queda nos registros de raiva herbívora

Pandemia provocou queda nos registros de raiva herbívora

Em 2020, 30 focos foram confirmados de 493 amostras; enquanto em 2019 foram 57 focos de 566 amostras

Carolina Pastl*

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O número de casos de raiva herbívora no Rio Grande do Sul diminuiu em 2020 se comparado a 2019, como efeito da pandemia e da consequente diminuição dos registros feitos pelo produtores nas Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs). Foi o que constatou o último Informativo Técnico da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), divulgado no início do mês de março. Em 2019, foram identificados 57 focos da doença, em 31 municípios, de um total de 566 amostras analisadas pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF). Em 2020, de 493 amostras, 30 focos foram confirmados em 14 municípios.

Nos dois anos, os comunicados se concentraram nas regiões de Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Lajeado e Passo Fundo. “Certamente os casos de raiva foram maiores neste ano, principalmente por causa das mudanças climáticas, que alteram o habitat de espécies”, esclarece o analista ambiental da pasta, André Witt.

A Seapdr orienta que, caso se percebam agressões por morcegos em animais, seja registrada a ocorrência na inspetoria mais próxima, a qual encaminhará o material ao IPVDF. Se o resultado for positivo, o produtor deve buscar focos de contágio e procurar a vigilância em saúde municipal. Se houver marca de mordida, a recomendação é que se vacine os animais ,caso isso já não tenha sido feito. Considerada zoonose, a raiva herbívora provoca encefalite nos animais doentes e pode ser letal.

*Sob supervisão de Elder Ogliari e Nereida Vergara


Correio do Povo
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