Porto de Rio Grande embarca mais de 13 mil terneiros vivos para Turquia

Porto de Rio Grande embarca mais de 13 mil terneiros vivos para Turquia

Segundo a Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul, a operação movimentou R$ 36 milhões

Taís Teixeira

Animais subindo no navio que zarpou para a Turquia

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O navio com 13.296 terneiros vivos zarpou na manhã de sexta-feira (23) do Porto de Rio Grande direto para a Turquia, onde seguem para engorda em 39 estabelecimentos no país. Os animais resultam de cruzamento de raças europeias (Angus, Hereford...), têm entre zero e 12 meses e pesam de 200 quilos a 250 quilos. O lote é oriundo de 366 propriedades gaúchas e cumpriu quarentena de pelo menos 21 dias, conforme exigência da Turquia, em dois estabelecimentos de pré-embarque (EPE’s), um em Pelotas e outro em Rio Grande. O embarque começou na terça-feira (20), às 13h30,  terminou na sexta-feira (23), às 03h45, e foi efetuado pelas tradings Angus Trading e Estância Del Sur. A viagem dura cerca de 21 dias.

A auditora fiscal federal agropecuária (AFFA) lotada no Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (Sisa), Soraya Elias Marredo,  foi deslocada para acompanhar o embarque, uma competência da Vigilância Agropecuária Internacional (Viagiagro). “ Foi tudo tranquilo, mesmo com o déficit de efetivo”, salienta.  Ela explica que os setores precisam se ajudar já que, se ela não assumisse, teria que vir um colega do Norte ou Nordeste. “ O Ministério da Agricultura vive um período difícil com poucos servidores e sem previsão de concursos para preencher esse quadro”, reitera. 

O superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS), Fernando Estima, diz que essa operação movimentou em torno de US$ 6,5 milhões, ou R$ 36 milhões. Estima  afirma  que o Rio Grande do Sul é o terceiro exportador de boi vivo do Brasil, atrás apenas de São Paulo(1º) e Pará(2º), mas ressalta que o Estado está se posicionando para ficar entre os dois principais por apresentar condições mais adequadas de pré-embarque. “O Porto de Santos, em São Paulo, está com sérios problemas ,pois é uma região de trânsito intenso e não tem áreas apropriadas, que a gente chama dos pátios de triagem, para dar mais tranquilidade e garantir o bem estar animal”, explica. O superintendente salienta que o Estado tem áreas de fazendas próximas e o deslocamento gera menos estresse,  o que favorece a ocorrências das operações no Estado.


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