Vacinação contra aftosa é prorrogada após falta de doses

Vacinação contra aftosa é prorrogada após falta de doses

Calendário inicial previa a conclusão até esta sexta-feira

Cíntia Marchi

Vacinação contra aftosa é prorrogada após falta de doses

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O Ministério da Agricultura autorizou a prorrogação da campanha de vacinação contra febre aftosa até 10 de dezembro no Rio Grande do Sul. O calendário inicial previa a conclusão até esta sexta. Acre, Mato Grosso, Maranhão, Paraná, Espírito Santo, Amazonas e Ceará também tiveram o prazo estendido. O desabastecimento de vacinas levou as secretarias da agricultura a reivindicar mais tempo. A dúvida, agora, é se o RS conseguirá alcançar a meta superior a 90% de cobertura vacinal em 10 dias.

Segundo a veterinária do Programa de Combate à Febre Aftosa no RS, Lucila Carboneiro dos Santos, até esta sexta 58,9% do índice de cobertura tinha sido lançado no sistema pelas inspetorias veterinárias. Ela estima, no entanto, que a aplicação das vacinas já atingiu um índice bem superior. Nesta fase da campanha, 4,5 milhões de bovinos e bubalinos de até 24 meses devem ser imunizados.

O problema de oferta da vacina foi registrado em várias regiões como Passo Fundo, Erechim, Pelotas, Bagé, Osório, Rio Pardo e Santa Maria. Acredita-se que a modificação da vacina em 2019 – o volume aplicado será de 2 ml e não mais de 5 – fez com que as agropecuárias comprassem menos produto. Segundo Lucila, há estoques na Central de Selagem de Vacinas, localizado em Vinhedo (SP), responsável pelo armazenamento das vacinas de febre aftosa no país. “Agora vamos fazer um esforço para divulgar a prorrogação e esperar que as agropecuárias se reabasteçam”, explica.

O vice-presidente da Fetag/RS, Nestor Bonfanti, avalia que dez dias a mais de campanha são importantes desde que haja oferta da vacina em todas as regiões. A orientação aos produtores é para que relatem eventuais problemas aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.

Auditoria

Na manhã desta sexta, o vice-governador José Paulo Cairoli se reuniu com entidades para tratar do plano de retirada da vacina no Estado. O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Seapi, Antonio Carlos Ferreira Neto, disse que ficou definido que na próxima semana uma comitiva viaja a Brasília para solicitar oficialmente ao Mapa uma auditoria específica para avaliar os controles sanitários no RS. A ideia é que o Estado possa antecipar a retirada da vacina, prevista para 2021.

Correio do Povo
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