Elisa Fernandez

O que você ainda pode aprender?

Elisa Fernandez revisita a sabedoria da infância em um encontro com alunos da 5ª série e descobre que crescer não significa deixar de aprender

O encontro entre gerações pode inspirar novos olhares sobre a vida, com leveza e curisidade diante do desconhecido
O encontro entre gerações pode inspirar novos olhares sobre a vida, com leveza e curisidade diante do desconhecido Foto : Freepik / CP

Cara leitora,

Esta semana, vivi uma experiência diferente, e quero convidar você a viver comigo essa aventura.

Como você sabe, minhas crônicas sempre nascem da vida, das conversas, das pessoas e das pequenas experiências do cotidiano. Mas, desta vez, quem me inspirou foram as turmas da 5ª série da Escola Municipal Amador Aguiar, em Joinville, que estão aprendendo sobre crônicas.

O convite para conversar com elas me trouxe momentos inesquecíveis e uma troca única. Por isso, hoje não escrevo sozinha. Mais de cem cabecinhas curiosas e criativas me ajudaram a dar forma a esta coluna.

Durante a tarde de bate-papo, falamos sobre sonhos, coragem, sentimentos, sinceridade e, principalmente, sobre a leveza de ser criança. Eu fui até lá para ensinar, mas saí de lá aprendendo ainda mais.

O tema desta crônica é um recado delas para nós, adultos, um lembrete sobre o que ainda podemos aprender com a infância.

“Não precisa ser sempre assim.
Vovô, vovó, ou qualquer pessoa mais vivida, não precisa ser assim.
A vida não precisa perder a cor junto com os cabelos brancos. As paisagens não precisam se tornar desinteressantes com o tempo.
A vida, por mais que já bem vivida, continua sendo uma vida.

Quanto tempo faz desde a última gargalhada solta, sem medo de parecer bobo?
Quanto tempo faz desde o último abraço apertado, desde a última vez que você amou de verdade?

A vida é feita de momentos, e alguns talvez nunca se repitam.
O tempo é valioso demais para ser desperdiçado. Ame, viva algo novo todos os dias.
E, se alguém disser que é tarde para aprender, não acredite, nunca é tarde para recomeçar.

Brinque com os netos. Viaje para lugares novos.
Role na grama, deite-se no chão, mesmo que doa um pouco.
Porque, no fim, um joelho ralado dói bem menos que um coração partido.

Lembramos da música “Era Uma Vez”, de Kell Smith, que fala de quando tudo era leve, mágico e feliz.
Guarde sua infância como o seu brinquedo mais precioso.
E jamais perca a fé de que a felicidade não mora apenas no destino, mas em cada passo do caminho.

Crescer é certo, mas deixar de ser criança é apenas uma escolha.
Dance na chuva. Cante no chuveiro. Abrace como se fosse a última vez.
Perdoe. Viva. Ainda há tempo para sonhar.

Ser criança não é ter idade.
É ter olhos que ainda brilham diante do mundo.
E esse brilho ainda está aí dentro, basta deixá-lo brilhar.
E, se já estiver apagado, que tal aprender a reacender?”

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Espero que, assim como eu, você também reflita, e que as palavras dessa turma encantadora toquem seu coração e mudem sua vida.
Afinal, a vida continua sendo o melhor lugar para aprender. Sempre!


Elisa Fernandez é mãe, empresária e acumula experiências como executiva em entidades empresariais e nas áreas de comunicação, gestão, marketing e publicidade.