Acidente causado pela concessionária de energia faz único posto de combustíveis de Glorinha operar de forma precária

O único posto de combustíveis do município de Glorinha, na região metropolitana, na avenida Dr. Pompilio Gomes Sobrinho, no bairro Odone, está funcionando com metade das bombas. A proprietária Cláucia Rodrigues afirma que o serviço está nessa condição desde a tarde de sábado, devido a um acidente causado pela concessionária de energia RGE. Depois do temporal do começo da semana passada, o local ficou da última quinta-feira até por volta das 16h de sábado sem luz.

Durante a retomada da energia, os técnicos da companhia danificaram de forma permanente o módulo que controla o abastecimento do posto, fazendo com que não houvesse emissão da nota fiscal, atrasando o processo, que passou a ser manual, e causando prejuízos. “Eles (técnicos) foram embora e não deram explicação”, disse uma atendente do posto. Uma solução deve vir somente nesta segunda-feira pela manhã, pois a companhia que fornece o módulo, que é de Santo Antônio da Patrulha, não trabalha aos finais de semana.

“Chegamos a contatar a ouvidoria (da RGE) e tentar abrir protocolos, porém somente fomos atendidos pela inteligência artificial da empresa”, afirmou Cláucia. Também nesta segunda, ela disse que novamente deverá contatar a RGE para um ressarcimento. Sendo o único posto do tipo de Glorinha, o local é geralmente utilizado para abastecimento dos veículos da Prefeitura. Com a avaria do módulo, a alternativa tanto para o serviço público quanto os demais moradores e empresas que necessitam emitir notas é abastecer nos municípios vizinhos de Gravataí ou Santo Antônio da Patrulha, sendo que o mais próximo fica a 14 quilômetros de distância.

O posto registrou filas inclusive ontem, com pessoas, principalmente do interior, buscando abastecimento de diesel ou gasolina. Procurado, o prefeito Paulo Corrêa disse que “menos mal” que nos finais de semana, o abastecimento ali é feito apenas para “ambulâncias e alguns veículos da saúde”. Outras áreas, no entanto, poderiam ter o fluxo comprometido caso a situação não se resolvesse neste começo de semana, como a própria logística de remoção de entulhos e outros materiais de áreas do município.

“Glorinha tem uma extensa área e tivemos diversos problemas com o temporal”, comentou ele. Corrêa acrescentou que não sabia da situação envolvendo o posto até ser informado pela reportagem, e que o interior, principalmente, registrou um alto número de danos. Em Glorinha, segundo ele, o secretário Municipal de Agricultura Desenvolvimento Rural Obras e infraestrutura, Érico Scherer, teve uma fratura no pé por uma ocorrência relacionada ao temporal. Scherer precisou de atendimento no hospital Dom João Becker, de Gravataí, e está bem. Também procurada, a RGE ainda não se manifestou.

Veja Também

• - Mais de 60 mil clientes seguem sem luz no Rio Grande do Sul em função do temporal

• - Há quase seis dias sem energia elétrica, moradores protestam no bairro Medianeira, em Porto Alegre

• - Clube Primeiro de Maio de Getúlio Vargas entre perdas e danos retoma a rotina depois da enchente

• - Passagem do transporte coletivo urbano de Uruguaiana sobe 18,75%