Indígenas acompanham julgamento sobre marco temporal para demarcação de terras no STF

Indígenas acompanham julgamento sobre marco temporal para demarcação de terras no STF

No Rio Grande do Sul, as manifestações acontecem nas rodovias federais e estaduais nesta quarta-feira

Correio do Povo

Um dos bloqueios ocorre na BR 285, em Gentil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira o julgamento sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas no território brasileiro. A sessão está prevista para começar às 14h e será acompanhada por lideranças indígenas, que estarão no plenário da Corte. Em todo o país, as comunidades indígenas fazem manifestações.

No Rio Grande do Sul, o ato ocorre no km 258 da BR 285, em Gentil. Conforme a Polícia Rodoviária Federal, a liberação dos veículos ocorre de hora em hora. A PRF estimou em cerca de 300 manifestantes. Na ERS 330, entre Miraguaí e Redentora, um bloqueio foi montado desde cedo, sendo que o Comando Rodoviário da Brigada Militar negocia a passagem dos veículos de 30 em 30 minutos. Em Santa Catarina, os indígenas estão concentrados no km 233 da BR 101, em Palhoça.

No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Na semana passada, a Câmara dos Deputados se antecipou ao julgamento do STF e aprovou o marco temporal, mas a matéria ainda precisa ser discutida e aprovada pelo Senado.

O julgamento foi suspenso em setembro de 2021, após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. O placar do julgamento está empatado em 1 a 1. O ministro Edson Fachin votou contra a tese, e Nunes Marques se manifestou a favor.


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