Melo pede urgência em melhora na comunicação do governo federal em casos de desastres

Melo pede urgência em melhora na comunicação do governo federal em casos de desastres

Segundo prefeito de Porto Alegre, Estado e municípios não possuem previsibilidade adequada em relação a situações climáticas emergenciais

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou nesta quinta-feira em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, que é necessária uma reestruturação na comunicação entre governos federal, estadual e municipal em casos de situações climáticas emergenciais. Conforme o gestor, nos moldes de hoje o Estado e as cidades não possuem previsibilidade adequada para encarar os desafios envolvendo ciclones extratropicais ou temporais. "Vamos esperar de novo a tragédia?", indagou Melo, ressaltando a urgência do assunto. 

O ciclone extratropical atingiu fortemente o Rio Grande do Sul, deixou 16 pessoas mortas e uma série de outros problemas, como casas alagadas, estradas bloqueadas e milhares de cidadãos passando por interrupção no fornecimento de luz e água. O boletim mais atualizado da Defesa Civil Estadual aponta que 48 municípios gaúchos foram danificados, com 1.538 desabrigados e 13.824 desalojados. 

Após a passagem do ciclone, Melo defende a criação de uma governança federal a fim de se precaver de futuros desastres, pois não se sabe quando eles podem acontecer novamente. Em um novo sistema, o chefe do Executivo municipal cita um possível aviso mais contundente em relação a níveis de rios, por exemplo. Além da questão comunicativa, a medida a ser feita precisa ser capaz de dar maior celeridade a investimentos aos municípios em circunstâncias similares ao ciclone, segundo o prefeito. 

Em tom crítico, Melo afirmou que por vezes ministros do governo federal sobrevoam áreas atingidas por desastres naturais, mas não se mobilizam o suficiente para sanar os problemas das cidades afetadas. Em Porto Alegre, o prefeito disse que o cenário não foi pior depois do ciclone, pois os arroios não teriam transbordado devido a dragagens executadas anteriormente.

Nessa quarta-feira, a prefeitura de Porto Alegre encaminhou o pagamento de aluguel social para famílias que vivem em áreas de risco na Capital e foram afetadas pelo ciclone extratropical. Conforme o Executivo, os valores serão repassados para as famílias identificadas em levantamento das equipes do Departamento Municipal de Habitação (Demhab). Foram cadastradas 31 famílias da Travessa São Luís, no Partenon, 18 na Cascata, na Glória, e 10 no Beco Guajuviras, no bairro Aparício Borges.


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