Moradores falam em reconstrução após terem casas destruídas pelo temporal no Litoral Norte do RS

Moradores falam em reconstrução após terem casas destruídas pelo temporal no Litoral Norte do RS

Em Itati, uma residência chegou a ficar dependurada em barranco

Correio do Povo*

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Moradores do Litoral Norte do Rio Grande do Sul falam em reconstrução, nesta terça, após terem tido suas casas destruídas pelo temporal. Em Itati, uma residência despencou e ficou dependurada em um barranco, perto do rio Bananeiras. Ali mora o carpinteiro Mário Lemes dos Santos, que estava com a esposa e dois filhos. 

Em outro município, Terra de Areia, uma mulher foi encontrada morta dentro do próprio carro após inundações causadas pela forte chuva. Maria de Fátima Hertzog Pereira, de 55 anos, foi dada como desaparecida no final da tarde dessa segunda.

Depois que a Brigada Militar foi acionada, foi constatado que o acesso a sua residência tinha sido inundado pelas águas do rio Três Forquilhas. Testemunhas relataram aos policiais militares que Maria de Fátima teria tentado fazer a travessia da área alagada. 

Em Maquiné, foram diversos os estragos e pontos de inundação. Os maiores prejuízos foram registrados no interior do distrito de Barra do Ouro, segundo o secretário Municipal de Desenvolvimento, Luciano de Almeida Alves. Entre as pontes atingidas está uma do tipo pênsil, caminho mais curto a uma pousada local, e outra passagem para veículos, ambas sobre o rio Forqueta, que estava com o nível cerca de quatro metros acima do normal ontem pela manhã. “Esta é a única ligação às cascatas Encantada, do Garapiá e Forqueta. Agora é preciso aguardar a água baixar”, afirmou o subprefeito de Barra do Ouro, Cesar Trevizan.

O único caminho entre a sede e o distrito é a ERS 484, via estadual com más condições de tráfego, mas que está em vias de asfaltamento. Moradores vizinhos à estrada também trabalhavam no escoamento da água. No pátio da aposentada Luiza Fagundes, na localidade de Linha Fagundes, a chuva movimentou as plantas aquáticas por cerca de dez metros. “A água subiu uns três metros em meia hora”, disse ela.

*Com informações do repórter Felipe Faleiro


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