MPC pede ao Tribunal de Contas auditoria urgente nas obras no Parque Harmonia

MPC pede ao Tribunal de Contas auditoria urgente nas obras no Parque Harmonia

Representação sugere que obras sejam suspensas caso indícios de irregularidades sejam confirmados

Matheus Chaparini

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O Ministério Público de Contas enviou representação ao Tribunal de Contas do Estado pedindo uma auditoria urgente em relação às obras no Parque Harmonia. O documento sugere ainda que, caso confirmados os indícios de irregularidades, as obras sejam suspensas ou limitadas. O documento cita os questionamentos de vereadores, entidades civis e cidadãos em relação a supostas irregularidades nas obras.

O documento, assinado pelo procurador-geral do MPC, Geraldo da Camino, cita que o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais – InGá noticiou, mediante Ofício, supostos danos ambientais decorrentes das obras em execução no complexo do Parque.

A representação cita ainda que a autora do projeto e do Estudo de Viabilidade Urbana (EVU), a arquiteta Eliana Castilhos, denunciou que seu projeto foi alterado. A fala da profissional ocorreu em audiência realizada na Câmara de Vereadores no dia 13 de julho. 

Na semana anterior, a informação havia sido publicada pelo Correio do Povo. Em entrevista,  Alan Cristian Furlan, ex-diretor do consórcio GAM3 Parks, concessionária do parque, e um dos responsáveis pela elaboração do projeto de reforma havia afirmado que o projeto foi descaracterizado.

“Tais aspectos, em tese, comprometeriam a legitimidade da intervenção que atualmente vem sendo realizada no Parque”, diz a representação.

O MPC pede ao TCE que realize uma auditoria para examinar as questões “em caráter de urgência” e  que “se for o caso, suscite ao Relator a expedição de tutela de urgência para suspender ou limitar a intervenção na área” até decisão do tribunal.

“A partir dos elementos disponíveis, ainda que não permitam aferir com segurança a extensão das supostas irregularidades na execução do Contrato de Concessão, o relato de que o projeto original fora alterado e que destoa das diretrizes iniciais fixadas pelo Poder Público municipal, parece corroborar, em certa medida, as alegações e indicativos de que estaria havendo a desfiguração da área como parque”, diz trecho da representação do MPC.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895