Paralisação na Trensurb afeta comércio em estações

Paralisação na Trensurb afeta comércio em estações

Alguns vendedores sequer abriram quiosques na manhã desta segunda-feira

Felipe Faleiro

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A paralisação dos metroviários, que modificou o trânsito das composições da Trensurb, afetou nesta segunda-feira parte do comércio que é realizado nas estações. Em entrevista ao Correio do Povo, uma vendedora de lanches, que não quis se identificar, reclamou de falta de comunicação da empresa. "Liguei às 5h para saber se haveria trem. Estava na dúvida. Cerca de 80% dos meus clientes fixos diários não vieram hoje. Foram de outras formas para o trabalho", comentou ela.

Mesmo com a medida tomada nesse domingo, os trens circularam hoje entre as estações Novo Hamburgo e Mercado, em Porto Alegre, com intervalos de 20 minutos em ambos os sentidos. As paradas tiveram algum movimento nos primeiros horários, mas nada fora do normal. Alguns usuários relataram surpresa com a mudança no período das viagens e até relataram temor com atraso para chegar ao trabalho. 

Horas depois de decidirem cruzar os braços nesta segunda, os metroviários se organizaram em frente à sede da Trensurb para realizar um protesto. A manifestação foi acompanhada de perto por integrantes do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM). "Se nossas demandas forem atendidas, podemos retornar ao normal imediatamente", disse o presidente do sindicato, Luiz Henrique Chagas. 

Ação judicial 

Na última sexta-feira, a Trensurb havia entrado com ação judicial declaratória de abusividade de greve no TRT4 e foi atendida. O tribunal estabeleceu multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento da decisão. As estações estão abertas e há o reforço da Brigada Militar (BM) e guardas municipais. Conforme Chagas, a adesão dos funcionários das estações é superior a 90%, e nos operadores de trens, em torno de 70%.

 


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