Prefeitura de Porto Alegre pede desapropriação de prédio da Confeitaria Rocco na Justiça

Prefeitura de Porto Alegre pede desapropriação de prédio da Confeitaria Rocco na Justiça

Conforme Executivo, ação busca viabilizar que a Capital promova a proteção do patrimônio histórico e cultural

Correio do Povo

Edificação é situada na esquina entre as ruas Riachuelo e Dr. Flores

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A Prefeitura de Porto Alegre ajuizou na noite de sexta-feira uma ação de desapropriação do prédio da antiga Confeitaria Rocco, localizado no Centro Histórico. No documento, que tramita na 4ª Vara da Fazenda Pública, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) postulou também que seja expedido mandado de imissão de posse, em caráter liminar e sob regime de urgência, contra os proprietários. O imóvel foi declarado de utilidade pública pelo Decreto 22.041, do dia 21 de junho deste ano.

"A medida busca viabilizar que o Município promova a proteção do patrimônio histórico e cultural através de vistorias, projetos e obras necessárias à restauração e conservação do imóvel tombado, assim como a adoção de medidas urgentes e adequadas à segurança das pessoas e bens do entorno, visando ao benefício da coletividade e à função social da propriedade", afirmou a procuradora Carolina Falleiros, que atua no processos . Em 2016, o Município e os proprietários foram condenados a restaurar o bem em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público estadual.

Conforme o Executivo, PGM requer a imissão provisória na posse mediante o depósito prévio do valor de R$4.022.150,74. Em outubro do ano passado, o imóvel foi avaliado em R$ 4.455.000, porém possui dívidas de IPTU em execução fiscal no valor total de R$ 432.849,26.

Localizado na rua Dr. Flores, esquina com a Riachuelo, e  tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural no ano de 1997, o prédio sofre as consequências da inércia de seus proprietários, que alegam não possuírem condições para realização das obras de conservação e reparação necessárias à preservação do imóvel. Em vistoria realizada por técnicos da Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa (SMCEC) no último dia 4, ficou constatada a precariedade das condições da edificação, que possui três pavimentos e um porão.

“Temos interesse em ter o patrimônio da Confeitaria Rocco protegido e salvaguardado através de uma ação de restauro. Atualmente, estamos trabalhando para um Termo de Referência com todos os projetos arquitetônico e complementares. Além disso, trabalhamos para a colocação de um tapume para proteção das pessoas que passam na calçada em função do risco de queda de uma das esculturas que está com o braço rachado. Nosso intuito é a preservação do patrimônio histórico tão importante para a nossa cidade”, explicou a diretora da Equipe de Patrimônio Histórico e Cultural da SMCEC, Ronice Giacomet Borges.


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