Rio Grande do Sul registra calorão e temporais nesta sexta-feira

Rio Grande do Sul registra calorão e temporais nesta sexta-feira

Em Campo Bom, no Vale do Sinos, máxima no domingo pode superar recorde de dezembro

Felipe Faleiro

Em Bagé, tempo fechou nesta sexta-feira

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Após causarem danos no Uruguai, temporais ingressaram no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, trazendo nuvens carregadas e chuvas. No país vizinho, a MetSul Meteorologia registrou que houve queda de árvores e destruição de residências no município de Salto. No estado gaúcho, o boletim da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) mostra que as temperaturas seguem altas, com marcas próximas dos 40ºC em áreas das Missões, Vale do Uruguai, regiões Central e Metropolitana.

No interior do estado, as máximas também foram altas. Em Campo Bom, no Vale do Sinos, um dos municípios mais quentes do RS, ao meio-dia, a temperatura já havia ultrapassado 36ºC, com possibilidade de superar os 38ºC. “O recorde em dezembro ocorreu em 31 de dezembro de 2019, com 41ºC, marca que deve ser superada no domingo”, afirmou o responsável pela estação climatológica do município, Nilson Wolff. A maior marca já registrada no local desde 1984, quando a estação foi inaugurada, foi de 41,9ºC, em 16 de novembro de 1985.

Enquanto isso, o Guaíba na Capital não está balneável em dois dos seis pontos monitorados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), nos bairros Belém Novo e Lami. Conforme declarou à Rádio Guaíba a diretora de tratamento de água do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Joice Becker, somente a união dos municípios pode fazer com que o Guaíba possa ter mais pontos de balneabilidade.

“Precisamos de uma governança intermunicipal, pois toda a carga orgânica dos afluentes, dos rios dos Sinos, Caí, Gravataí acaba escoando pra Laguna dos Patos através do Guaíba”, salientou Joice. Ainda segundo ela, a totalidade dos pontos monitorados de Porto Alegre não está liberada em razão das chuvas dos últimos meses. Assim, a recomendação aos banhistas é frequentar as praias do Extremo Sul da Capital.

“Muito material que veio carregado dos afluentes acaba muitas vezes diminuindo de velocidade e é nas enseadas que eles acabam ficando. Esta carga acaba ficando um tempo maior depositada, até que toda a água se renove em função da vazão do próprio rio”, explicou. Assim, praias como Ipanema e locais como as proximidades do Gasômetro, no Centro Histórico, não são recomendadas para banho devido à poluição e a presença de buracos.

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