RS segue buscas a dois desaparecidos em Caraá por conta do ciclone extratropical

RS segue buscas a dois desaparecidos em Caraá por conta do ciclone extratropical

Número de mortos no Estado em razão do fenômeno chega a 13

Correio do Povo*

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O último boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado no meio-dia desta segunda-feira, indica que seguem as buscas a dois desaparecidos (ambos no município de Caraá) após a passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. No informe disponibilizado nesse domingo, eram três pessoas sem o paradeiro conhecido. Já o número de mortos prossegue sendo 13, o mesmo do fim de semana. 

Em Caraá, o coordenador da Defesa Civil, Antônio Augusto Borges, relatou que já foram distribuídos mais de 10 mil litros de água e uma quantidade superior a cinco toneladas de alimentos após os estragos causados. A área central da cidade já tem sinal de internet e ainda há uma grande movimentação das equipes de resgate nas duas bases de operações, o CTG Sentinela dos Sinos e a Prefeitura Municipal, que fica em frente.

No entanto, Borges chama a atenção para o "turismo do desastre", um aspecto indesejável, mas que vem acontecendo desde o final da semana passada, quando houve o ciclone. "Se você não tem relação com o desastre, não venha ao município. As pessoas estão vindo e tirando fotografias. Isto causa tumulto no trânsito e até atrapalha nossas equipes", comenta ele.

Nível do rio dos Sinos 

O nível do rio do Sinos na manhã desta segunda-feira, em São Leopoldo, atingiu a marca dos 7,28 metros, de acordo com a medição da régua do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e segue subindo 2 centímetros por hora. O nível das águas considerado normal é entre 2 a 4 metros. A tendência, segundo dados do Semae, é que o rio continue se elevando até o final do dia.

O nível não atinge estes níveis desde 2013. Ainda estão acolhidas no Ginásio Municipal Celso Morbach, 260 pessoas, totalizando mais de 500 fora de suas casas, considerando os demais locais coletivos de acolhimento. Outras 1,7 mil famílias tiveram as moradias atingidas pelas águas. Muitas delas buscaram acolhimento junto a casas de amigos, familiares e associações locais. 

*Com informações dos repórteres Felipe Faleiro e Fernanda Bassôa 


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