TJRS lança observatório para reunir dados sobre má gestão de agentes públicos

TJRS lança observatório para reunir dados sobre má gestão de agentes públicos

Observatório da Improbidade Administrativa deve gerar, até o final do ano, relatórios e mapas de risco que podem embasar decisões jurídicas

Kyane Sutelo

O desembargador Leonel Pires Ohlweiler lançou a iniciativa em conjunto com a administração do TJRS.

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) lançou, nesta quinta-feira, o Observatório da Improbidade Administrativa. A iniciativa pretende produzir eventos sobre o tema e analisar decisões judiciais formando um banco de dados sobre as decisões referentes a casos de má conduta de agentes públicos. A proposta é que magistrados e servidores possam utilizar os indicadores e relatório do grupo como suporte, quando se depararem com casos dessa natureza.

“Os servidores que examinarem processos que tratem de improbidade, que tratam de contratos administrativos, temas relacionados a concursos públicos, poderão qualificar a análise e a perspectiva do olhar sobre esses processos, a partir de relatórios e mapas de risco”, explica o idealizador do projeto e coordenador-Geral do Centro de Estudos do Judiciário gaúcho, desembargador Leonel Pires Ohlweiler. 

Os trabalhos já começaram, com uma primeira reunião. A expectativa é de que até o final do ano sejam disponibilizados os primeiros documentos resultantes da iniciativa. “Estamos na maior torcida. É um projeto pioneiro. De novo o Rio Grande do Sul à frente, servindo de modelo à toda terra”, enfatizou a presidente do TJRS, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira.

O Observatório será formado por uma equipe multidisciplinar, composta por um estagiário do Centro de Estudos, com assessoria da equipe do Setor de Estatística do TJRS e pesquisa de 8 estudantes, que se habilitaram em chamada pública, vindos das universidades La Salle, Unisinos, Ulbra e UFRGS.

O principal motivador para o Centro de Estudos do TJRS propor o Observatório, em parceria com o Centro de Formação e Desenvolvimento de Pessoas do Poder Judiciário (CJUD), é o conjunto de alterações feitas na Lei de Improbidade Administrativa, na reforma que sofreu em 2021. O desembargador Ohlweiler entende que as sanções foram abrandadas e, dificultou-se, em algumas hipóteses, a Ação de Improbidade.


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