Voluntários da Força Jovem Universal e Unisocial de Gravataí ajudam vítimas de temporal com doações

Voluntários da Força Jovem Universal e Unisocial de Gravataí ajudam vítimas de temporal com doações

A ação ocorreu na noite desta sexta-feira, no bairro Sagrada Família

Paula Maia

Com o objetivo de fornecer ajuda humanitária, os voluntários entregaram alimentos, cobertores, calçados, material de higiene e roupas para as pessoas afetadas pelo forte temporal

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Mais de 30 voluntários da Força Jovem Universal (FJU) de Porto Alegre e da Unisocial de Gravataí uniram forças para auxiliar as pessoas afetadas pelo forte temporal que deixou muitas pessoas de Gravataí desabrigadas. Com o objetivo de fornecer ajuda humanitária, os voluntários entregaram alimentos, cobertores, calçados, material de higiene e roupas para aqueles que foram impactados pela tragédia. A ação ocorreu na noite desta sexta-feira, no bairro Sagrada Família.

O coordenador do FJU no Rio Grande do Sul, o pastor Regis Carloto, ressaltou que o trabalho voluntário é uma prática constante desde a criação da igreja e que se tornou a missão da instituição. “Nossa missão é salvar, e além de fornecer alimento para o corpo, também trazemos o alimento para a alma nesse momento de dor. Levamos palavras de afeto e conforto”, declarou.

A organização da ação realizada em Gravataí foi fruto do esforço conjunto de diversas pessoas. Os voluntários arrecadaram e distribuíram materiais de higiene, roupas, sapatos, comida, água, café e cobertores, entre outros itens essenciais para as vítimas.

A casa da Mãe Ana, localizada no bairro Sagrada Família, serviu como ponto de distribuição das doações. Mais de 100 pessoas beneficiaram-se desses suprimentos essenciais em um momento de necessidade.

Tainara, uma merendeira de 28 anos que trabalha em uma escola de Gravataí, compartilhou sua experiência durante o temporal. Ela e outros três membros de sua família, que eram vizinhos no bairro Jardim do Cedro, parada 97, tiveram suas casas alagadas e perderam tudo. Essas seis pessoas agora estão abrigadas na casa de outro familiar, na parada 92. Uma casa que já abriga quatro pessoas.

Para a família da Tainara a tempestade foi devastadora. Ela e seus familiares tiveream as suas casas invadidas por água e perderam tudo o que tinham. Foto: Mauro Schaefer

Para Tainara, a tempestade foi devastadora, sendo a primeira vez que a água invadiu sua residência. Ela relatou que acordou com a água na parte inferior da casa, e em apenas meia hora, a residência estava completamente alagada. “Não conseguimos pegar roupas, nada. Perdemos documentos, tudo. Levei meu filho para a casa ao lado, e quando voltei, já estava tudo alagado. Saímos de pijamas, com a água na altura da cintura”, declarou em meio às lágrimas. Tainara também expressou sua gratidão ao receber as doações. Disse que estava na frente da casa quando ouviu os voluntários informando que fariam as doações. Tainara e os membros da sua família voltaram para a casa do parente com algumas doações e a esperança de que um dia consigam conquistar novamente os seus pertences.

O pastor Regis afirmou que as ações de doação de suprimentos essenciais e palavras de conforto, para ajudar a aliviar o sofrimento das vítimas, vão continuar enquanto forem necessárias.


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