AGU pergunta ao STF se extinção do orçamento secreto afeta recursos já em execução

AGU pergunta ao STF se extinção do orçamento secreto afeta recursos já em execução

Órgão alerta para a possibilidade de obras e serviços não serem concluídos caso verbas sejam bloqueadas e cobra explicações

R7

Bianco: Brasil está permitindo que a economia siga viva

publicidade

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu explicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o alcance da decisão da Corte que extinguiu as emendas de relator, que faziam parte do chamado orçamento secreto. O órgão quer entender se a proibição do uso das verbas afeta recursos que já estão em execução ou se cancela apenas valores que receberam autorização para ser utilizados.

O documento da AGU foi assinado pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal. No ofício, ele alerta para a possibilidade de paralisação de obras e serviços caso a ordem do Supremo atinja recursos que já começaram a ser pagos.
"Caso as despesas já iniciadas possam ser reavaliadas e eventualmente canceladas/remanejadas pelos ministérios, os contratados prejudicados poderão vir a buscar ressarcimento judicial futuro", destacou Leal.

De acordo com ele, o STF precisa deixar mais claro o alcance da decisão para "evitar que serviços, obras e compras já iniciados sejam abruptamente suspensos, com previsíveis ônus para o erário e para direitos de terceiros”.

“Diante dessa obscuridade, e tendo em vista o exíguo intervalo até o encerramento do presente exercício de 2022, é imperativo suprir a obscuridade aqui apontada para esclarecer que o alcance da determinação deve se limitar apenas às verbas que tenham sido meramente autorizadas pelos orçamentos de 2021 e 2022, não atingindo aquelas cuja execução já tenha se iniciado”, disse. O ofício de Leal foi endereçado à ministra Rosa Weber, que foi a relatora no STF de quatro ações que contestavam a legalidade do orçamento secreto.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895