AGU rejeita tese de poder moderador das Forças Armadas

AGU rejeita tese de poder moderador das Forças Armadas

Manifestação foi encaminhada ao STF nesta semana

AE

Militares desfilam em Porto Alegre

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A Advocacia-Geral da União (AGU), braço jurídico do Palácio do Planalto, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual sustenta que o comando das Forças Armadas pelo presidente da República é limitado pela Constituição e vinculado às competências que o próprio texto constitucional prevê para o chefe do Executivo - "de modo que não pode ser utilizado contra os demais Poderes da República".

Segundo o parecer da AGU do governo Lula, "deve ser rejeitada qualquer interpretação que confira aos militares a atribuição de moderar ou arbitrar conflitos entre Poderes".

A manifestação foi encaminhada ao STF anteontem. Os argumentos da AGU foram apresentados numa ação movida pelo PDT que questiona diversos dispositivos da Lei Complementar nº 97/1999 - que dispõe sobre a organização e o emprego das Forças Armadas.

Liminar

Em junho de 2020, o relator da ação, ministro Luiz Fux, concedeu parcialmente liminar pedida pela legenda para decidir, entre outras questões, que a Constituição não atribui às Forças Armadas o papel poder moderador entre Executivo, Legislativo e Judiciário, "de modo que elas não podem ser empregadas pelo presidente da República contra outros Poderes".

Em sua manifestação, a AGU concorda com a decisão de Fux e pede a procedência parcial da ação.


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