Biometria e longas filas marcam 1º turno das eleições no Rio Grande do Sul

Biometria e longas filas marcam 1º turno das eleições no Rio Grande do Sul

De acordo com o TRE, Estado registrou ao menos 33 ocorrências por crimes eleitorais

Correio do Povo

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O domingo começou com movimento tranquilo nas zonas eleitorais do Rio Grande do Sul. Contudo, a partir do início da tarde, longas filas começaram a se formar nos locais de votação. Transtornos por conta da biometria e falta de familiaridade dos eleitores com a nova urna foram os principais motivos da demora. Segundo Daniel Wobeto, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do RS, o pico das filas ocorreu entre 11h e 13h.

Em Porto Alegre, diversos eleitores tiveram dificuldades para encontrar seus locais de votação. Na PUCRS, um dos maiores colégios eleitorais da Capital, por exemplo, um homem com identificação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) foi abordado por, pelo menos, três eleitores diferentes, que buscavam informações sobre onde deveriam votar. 

Os ônibus da Capital operaram com sistema de passe livre sem restrições neste domingo. Coletivos que iam em direção à Zona Sul chegaram a apresentar lotação de passageiros durante a tarde. Entretanto, usuários reclamaram da falta de sinalização sobre o passe livre. Diversos coletivos não apresentavam placas informando da gratuidade, ainda que, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU), todos os ônibus devessem trazer a indicação.  

Em Pelotas, algumas urnas tiveram de ser reiniciadas e os mesários foram orientados por telefone para que o problema fosse resolvido. Os problemas para a identificação biométrica causaram espera de até 30 minutos para chegar na cabine de votação. O mesmo aconteceu em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Já em Itaqui, segundo Juliano Barros da equipe do Cartório Eleitoral, o pleito transcorreu normalmente. Não houve falta de mesários e nem a necessidade de troca de urnas. 

Uma urna eletrônica na cidade de Marau teve problemas e, após 17 votos, precisou passar pela votação manual. "Naquela seção são 148 votos ao todo, mas não impactará na apuração geral", disse Wobeto. Em Caxias do Sul, segundo maior colégio eleitoral do Estado, a votação ocorreu de forma tranquila, apesar da formação de filas constantes. A Justiça Eleitoral informou que seis urnas eletrônicas precisaram ser substituídas. Segundo Wobeto, 290 urnas foram trocadas no Estado. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisou substituir 3.222 urnas eletrônicas que apresentaram falhas até as 16h deste domingo. Segundo a corte, essa quantidade representa 0,60% do total de urnas utilizadas durante a votação em primeiro turno das eleições.

Crimes eleitorais

Neste primeiro turno, o Rio Grande do Sul registrou ao menos 33 pessoas presas por crimes eleitorais. Segundo levantamento do Tribunal Regional Eleitoral, foram 13 ocorrências em apenas uma hora. Só em Porto Alegre foram sete prisões. As demais foram registradas nos municípios: Lagoa Vermelha (1), Sobradinho (1), Canoas (1), Santana do Livramento (1), São Lourenço do Sul (1) e Viamão (1). 

Celulares proibidos nas cabines

Os telefones celulares nas cabines de votação geraram diversas dúvidas. Pela primeira vez, o TSE proibiu seu uso durante a votação na urna eletrônica. Em alguns locais, eleitores afirmaram que não foi solicitado o aparelho, como na Escola Municipal Monteiro Lobato, em Novo Hamburgo. Em outras, houve relatos de que o celular foi exigido. Pela normativa, o aparelho deveria ser deixado em uma mesa específica junto à cabine de votação, fora do alcance do eleitor na urna.


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