Dilma e Serra reduzem ataques em penúltimo horário eleitoral na TV

Dilma e Serra reduzem ataques em penúltimo horário eleitoral na TV

Candidatos à presidência da República preferiram exaltar suas próprias qualidades

AE

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No penúltimo horário gratuito da campanha para a sucessão presidencial, exibido na noite de hoje (28), PSDB e PT investiram na comparação entre si, com críticas apenas veladas à sigla adversária. O candidato tucano, José Serra, ressaltou sua honestidade e preparo, em contrapartida à ausência de experiência nas urnas da sua principal oponente na disputa. A inserção da petista Dilma Rousseff alegou que no governo anterior, do PSDB, quase não havia transporte escolar na zona rural, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não existia e milhares de brasileiros estavam desempregados. "Tudo o mais não existia no governo passado", criticou.

Na propaganda do PSDB, Serra voltou a destacar a diferença entre os salários mínimos oferecidos pelo governo federal (R$ 510) e pelo governo de São Paulo (R$ 600), na gestão de Serra como governador. "Sai o vermelho e fica tudo azul", provocou o candidato, referindo-se às cores do PT e do PSDB. Além de pregar aumento do mínimo, o tucano defendeu mais um a vez reajuste de 10% para aposentados e pensionistas. "É o dobro do que o atual governo quer dar."

Serra provocou a adversária, sem citar nomes, apresentando-se como um candidato "preparado" e de "biografia limpa". No final da peça, a campanha exibiu imagens do lançamento da candidatura do tucano, em que o candidato se emociona ao declamar trechos do Hino Nacional.

A inserção do PT voltou a apostar na imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e listou diferenças entre as gestões do PT e do PSDB à frente do Palácio do Planalto. O locutor da peça alegou que, antes do governo petista, muitos brasileiros não podiam sonhar em ter um carro e uma casa. "O que era considerado impossível é agora realidade", destacou a candidata.

A inserção mostrou ainda imagens de discurso de Lula na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em São Paulo, quando foi dada largada à maior capitalização da história da Petrobrás. "No governo passado, a Petrobras perdeu força. Nesse governo, tudo mudou", defendeu o locutor. No final da peça, Dilma pediu ao eleitor que compare "o nosso governo com o modelo do passado".

Marina Silva, do PV, destacou seu crescimento nas mais recentes pesquisas de intenções de voto e voltou a ressaltar que há no Brasil uma espécie de "onda verde". "O que eu sinto por onde passo é a certeza de que vamos para o segundo turno para debater com profundidade os problemas do Brasil", disse a candidata. O cantor Caetano Veloso voltou a se posicionar como eleitor de Marina e a cantora Adriana Calcanhotto cantou alguns versos do jingle que fez para a campanha da candidata. "Ela é da Silva, ela é da selva", destaca trecho da música.

Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, investiu na comparação entre as propostas dos candidatos. "Estamos na reta final e agora é a hora em que você faz a diferença. Lembre-se de quem falou seriamente em desigualdade social, reforma agrária, reforma urbana, educação pública, saúde pública. Esta é a diferença", afirmou.

Rui Costa Pimenta disse que o PCO é o verdadeiro partido dos trabalhadores, dos revolucionários e dos socialistas. Zé Maria, do PSTU, criticou os governos do PSDB e do PT e suas políticas para a educação. José Maria Eymael, do PSDC, prometeu criar o Ministério da Família. Levy Fidelix, do PRTB, voltou a criticar os impostos e as taxas de juros. E Ivan Pinheiro, do PCB, evocou o passado de lutas do partido contra o capitalismo.

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