A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) marcou para o próximo dia 13 de junho a reoferta de 36,63 mil toneladas de arroz importado. A quantidade é remanescente do pregão realizado nesta quinta-feira, após intensa disputa judicial entre produtores e governo federal. A empreitada resultou na compra de 263,37 mil toneladas do cereal.
“Infelizmente, houve politização desse assunto, mas reitero que único objetivo é garantir alimento acessível à população. Foram oito liminares contrárias e, com a Advocacia Geral da União (AGU) e o assessoramento jurídico da Conab, vencemos na legalidade e conseguimos realizar o leilão”, comentou o presidente da estatal, Edegar Pretto.
A projeção é que o produto esteja nos supermercados, atacarejos e pequenos varejos entre 45 e 60 dias. As importadoras que tiveram lotes adquiridos pela Conab, via bolsa de mercadorias, têm cinco dias para apresentar garantias. Num segundo momento, devem entregar a mercadoria em embalagens de cinco quilos, com identificação do governo federal, nas unidades armazenadoras da companhia.
“Queremos é que este produto chegue o mais rápido possível à mesa do brasileiro. Após a enchente no RS, tivemos um aumento médio de 11% no preço do arroz, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e de 100% no Distrito Federal”, argumenta o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.
Aos pequenos varejos, a venda será direta. Já aos supermercados e atacarejos, provavelmente, ocorra por meio de leilões, informou o diretor executivo de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago José dos Santos. A meta é abastecê-los mensalmente com a quantidade de 5 mil quilos (mercados de pequeno porte) e 30 mil quilos (mercados de grande porte).
“Contamos com o apoio da Abras, da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados) e do Sebrae para fazer os produtos chegarem nos pequenos varejistas”, detalhou Santos.
A Conab assegura que o alimento será distribuído a todo e qualquer estabelecimento de varejo que manifeste interesse e tenha o CNPJ em situação regular.
“Estará estabelecido, na embalagem, que o arroz não pode ser vendido por mais de R$ 4 o quilo. Por isso, é necessário que se use a identificação oficial, afinal de contas é um investimento público e não queremos ninguém faturando em cima de algo que é para ser acessível. Por isso tem a marca da Conab, do MDA, do governo federal”, explicou Pretto.