Congresso prorroga medida provisória que autoriza importação de arroz

Congresso prorroga medida provisória que autoriza importação de arroz

Em reunião com governo federal, Federraroz apresenta estudo sobre o preço do grão no país

Poti Silveira Campos

Polêmica em torno do arroz contrapõe produtores e governo federal

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O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) prorrogou por 60 dias a medida provisória (MP) nº 1.217, que “autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento a importar arroz beneficiado ou em casca para o enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes de eventos climáticos extremos no Estado do Rio Grande do Sul”. O ato foi publicado na edição desta quinta-feira, 27, no Diário Oficial da União. Também ontem, orizicultores gaúchos, representados pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), em reunião virtual com o governo federal, apresentaram estudos sobre o preço do grão no mercado nacional, que estaria em queda.

“Os assuntos estão evoluindo de uma forma positiva", disse o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, em relação à possibilidade de ser afastada a compra do cereal importado.

O Palácio do Planalto autorizou a importação diante de um eventual desabastecimento e decorrente aumento especulativo de preços. Um primeiro leilão para aquisição do arroz foi realizado no dia 6 de junho. Na oportunidade, foram comercializadas 263 mil toneladas do cereal. O arremate, no entanto, foi anulado pelo governo federal cinco dias depois, por suspeitas de irregularidades. Além da anulação, também houve a determinação de exoneração do secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura e Pecuária, Neri Geller, e do diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago José dos Santos.

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A importação do arroz é contestada por orizicultores gaúchos. O Estado responde por cerca de 70% da produção nacional do grão. Diferentemente do que alega o Palácio do Planalto, os produtores asseguram que não há risco de desabastecimento, mesmo diante da catástrofe climática ocorrida no Rio Grande do Sul em maio. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), 84% da safra já estava colhida no início das enchentes.


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