Consevitis-RS propõe suspensão de herbicidas hormonais por três anos
Entidade reforça pedido de pausa imediata da aplicação das substâncias
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Diante dos danos causados a fruticultura, o presidente do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), Luciano Rebellatto, defendeu nesta sexta-feira, dia 4 de julho, a suspensão imediata da utilização dos herbicidas hormonais no Rio Grande do Sul. O dirigente visitou nesta sexta-feira, dia 4, a redação do Correio do Povo.
“O posicionamento do Consevitis-RS, assim como de todas as entidades que representam o setor vitivinícola é pela suspensão imediata”, afirmou, acrescentando a defesa de uma pausa na aplicação de pelo menos três anos.
Os herbicidas hormonais, especialmente o 2,4-D, são frequentemente utilizados na preparação do solo para o cultivo da soja. A deriva dessas substâncias, pela ação do vento, contamina e prejudica o desenvolvimento de outras culturas e da flora nativa. No momento, no Rio Grande do Sul, está em vigor o vazio sanitário da leguminosa. Trata-se do período, até 30 de setembro, em que não se pode manter vivas plantas da soja em qualquer fase de desenvolvimento. “Existem produtos que podem substituir os hormonais e que não causam tantos danos às outras atividades, não só a uva”, explicou, destacando que, no momento, os parreirais também estão em fase de “dormência”, ou seja, sem material vegetativo das videiras.
De acordo com o dirigente, o setor aguarda com expectativa o relatório que está sendo elaborado pela subcomissão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul que trata sobre a aplicação de herbicidas hormonais no Estado com previsão para ser concluído em agosto, com a proposta de uma solução legislativa. “O Consevitis-RS considera que nenhuma atividade (primária) deve ser considerada mais importante do que outra. Não se trata de colocar produtor de soja contra de outras atividades”, afirmou.