Expointer: novas experiências na pista do cavalo crioulo

Expointer: novas experiências na pista do cavalo crioulo

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC) inaugura neste domingo, 27, na final do Freio de Ouro, em Esteio, a obra que possibilitou a cobertura da arena de provas e tornou a competição imune às variações do clima

Nereida Vergara

Foram investidos cerca de R$ 5,5 milhões na cobertura da pista, projeto de iluminação e elevação das muretas que separam a arena do público

publicidade

As cerca de 15 mil pessoas que costumam lotar as arquibancadas da arena do Freio de Ouro, no Complexo do Cavalo Crioulo, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, terão uma nova experiência neste domingo, dia 27, quando se disputa, dentro da 46ª Expointer, a prova final da raça em 2023. Um investimento de R$ 5,5 milhões foi feito para que a pista onde ocorrem as provas e onde são feitos os treinamentos dos animais fosse totalmente coberta, evitando qualquer transtorno trazido pelo clima durante os eventos esportivos que ali são realizados.

As atividades na pista nova se iniciaram na última quarta-feira, com as provas da Morfologia, sob forte chuva. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), César Hax, é um conforto para os animais e para as pessoas envolvidas com as atividades do complexo. “A ideia de cobrir a pista vem de muitos anos e, finalmente, conseguimos fazer na nossa gestão”, afirma. Hax destaca que a cobertura da pista, além das evidentes vantagens de proteção contra as variações climáticas, torna as provas do cavalo crioulo mais justas. “Um animal que disputasse uma prova com a areia molhada não tinha o mesmo desempenho e a mesma pontuação do que aquele chamado à pista seca”, observa o dirigente.

“São muitas obras em um espaço curto de tempo que decidimos fazer e não nos arrependemos. Quando a nossa comunidade chegar lá vai se impactar com o que vai ver. Tenho certeza que mudamos de patamar e as pessoas vão gostar do que vão ver”, afirma o presidente ABCCC, ao acrescentar que além da cobertura da pista a entidade investiu na ampliação e renovação da rede de água e esgoto, da rede elétrica, na reformulação dos banheiros e no aumento do número de cocheiras.

O diretor geral da ABCCC, Vagner Motta Studzinski, conta também que a pista foi concebida com muretas mais altas para dar segurança aos animais e ao público (no ano passado, durante a final do Freio de Ouro, um bovino pulou a mureta e caiu sobre as pessoas na área de acesso às arquibancadas). “Isto também vai propiciar elevar o piso de areia da pista quando necessário”, detalha. Studzinski adianta que também foram construídas 96 cocheiras, para abrigar os cavalos que concorrem na final Freio. Com isso, o Complexo do Cavalo Crioulo passou a um total de 350 cocheiras. 

Neste ano, outra novidade vai movimentar o público que comparecer à final. A ABCCC vai lançar seu álbum de figurinhas oficial da prova do Freio de Ouro, reunindo os classificados para a grande final, personalidades históricas e animais de grande destaque da raça crioula. “A ideia é um conteúdo para a família, para as crianças e também para o público saudosista e que gosta de ver as lembranças do cavalo crioulo”, explica Leonardo Silva, subgerente de Comunicação da entidades.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895