Indústrias de máquinas e implementos agrícolas comemoram prospecção de negócios na Expointer

Indústrias de máquinas e implementos agrícolas comemoram prospecção de negócios na Expointer

Sindicato do setor e empresas ainda não tem o balanço dos primeiros dias de feira, mas celebram a visitação e o interesse dos produtores

Correio do Povo

A São José vê como positiva a busca por produtos de implementos agrícolas na 46ª Expointer

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O setor de máquinas e também o de implementos agrícolas ainda tem o final de semana para ampliar as vendas realizadas na 46ª Expointer, em Esteio, porém, o momento é de comemoração pela prospecção de negócios que eles fizeram nos sete primeiros dias de feira. Este tipo de evento serve para os produtores conhecerem os equipamentos, buscarem o financiamento e, posteriormente, confirmarem a aquisição do bem, o que pode ocorrer nos meses sequentes. As empresas do setor se mostram satisfeitas com os resultados.

A São José, de São José do Inhacorá, na região Nordeste do Rio Grande do Sul, trabalha com um grande portfólio de implementos agrícolas e está satifeita com a procura que teve por parte dos produtores na primeira semana de Expointer. “Os negócios não ocorrem só na feira, que é um espaço para relacionamento e construção de parcerias, que serão consolidadas após o fim da Expointer. O produtor está vindo até o estande e comprando, mas o principal é mesmo o relacionamento na feira pensando no futuro”, destacou o assistente de marketing da São José, Rodrigo Marx.

A empresa ainda não divulgou o balanço de vendas da Expointer, mas comemora a visibilidade que vem tendo desde o último sábado. “Como a nossa região (grande Porto Alegre) tem diversos tipos de produtores e diferentes tamanhos de propriedade, em geral, eles vem conhecer todos os produtos que temos no portfólio. Porém, alguns destaques que notamos no decorrer da feira são as calcareadeiras Turben, que são máquinas que estão entrando muito bem na região, pois estão agregando valor ao produtor. As carretas graneleiras e os escarificadores, que tem sido muito importante dentro da porteira do produtor, pois descompacta solo, trazendo mais produtividade. Estão acontecendo todos os tipos de negócios com todos os produtos”, comemorou Diogo Salvador, especialista de produto da São José.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, que vive a feira há muitos anos, festeja o grande movimento de público desde a abertura. A expectativa de Bier é que as vendas superem a edição do ano passado.

“Ainda não temos o número fechado da comercialização, mas, pelas pesquisas que temos feitos com as indústrias e bancos, vamos, no mínimo, atingir o valor de 2022. Tivemos também um aumento de área e colocamos quase 200 empresas dentro do parque, o que mobiliza ainda mais o setor. Fizemos uma parceria com o governo do Estado para recuperar todo o pavilhão do gado de corte, todo o boulevar, fora outras melhorias que fizemos em edições anteriores”, afirmou.

LS Tractor acredita que deve superar em até 6% as vendas de 2022, mas terá que aguardar as próximas semanas para ver se os negócios se confirmam - Foto: Mauro Schaefer

LS Tractor também comemora os resultados, até o momento, e acredita que os últimos dias serão de mais vendas e, principalmente, de prospecção para comercialização futura. “A Expointer surpreendeu bastante neste ano. Em 2022, foi uma feira boa, mas estávamos com bastante dificuldade de recursos. Já, neste ano, principalmente, no segmento da agricultura familiar tivemos muita procura, em especial, dos pequenos agricultores procurando nossos tratores de 65 cv, 50 cv e 40 cv, que são modelos que impactam diretamente neste segmento de mercado, já que muitas vezes, esse produtor não tem condições de ter uma máquina de 90 cavalos”, revelou o Astor Kilpp, gerente de marketing e vendas da LS Tractor. “E também porque ele busca se beneficar do recurso do Pronaf, do Programa Mais Alimento, que tem condições melhores e com juros mais baixos. Esse novo programa saiu com redução do juro de 6% para 5% e com prazo de sete anos para pagar, o que facilita muito para esse produtor fazer o investimento”, revelou.

Kilpp vive situação semelhantes as demais empresas do setor e só terá a confirmação das vendas nos últimos dias, mas acredita que a empresa poderá faturar até 6% a mais do que em 2022. “Superamos a meta do ano passado. Fazendo uma avaliação acredito que devemos ficar com 5% ou 6% acima do que a gente fez no ano passado. Esse é percentual que tem condições de realmente virar uma entrega de trator. No ano passado, fizemos um número forte, mas, no final, acabou derrubando muitos negócios pela falta de recurso. Às vezes, anunciamos um número bom e forte, mas a realidade vem nos 30 dias seguintes, que é a disponibilidade de recurso para finalizar o negócio e entregar a máquina”, concluiu.

O segmento de máquinas e implementos agrícolas lidera o faturamento da feira, com mais de 95% do faturamento da feira. Em 2022, a Expointer vendeu R$ 6,6 bilhões. Neste ano, 31 novas empresas expuseram seus produtos na área destinada ao setor, que foi ampliado pelo Simers.

A carreta gran multispped, que é multiuso, é um dos produtos da São José que teve bastante interesse dos produtores, por poder ser utilizada no momento de uso do fertilizante e também na colheita - Foto: Mauro Schaefer


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