Governo cria Centro de Operações de Emergência contra a Gripe Aviária
Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro confirmou novo caso da doença em ave silvestre encontrada em Cabo Frio
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A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura (Mapa) instalou, ontem, um Centro de Operações de Emergência Agropecuária (COE - Mapa Influenza Aviária). O ato foi oficializado na portaria SDA nº 810, publicada no Diário Oficial da União (DOU) e tem como objetivo servir como mecanismo de articulação intra e interinstitucional em resposta ao estado de emergência zoossanitária declarado na última segunda-feira (22) por meio portaria Mapa nº 587.
O COE-Mapa Influenza Aviária será composto por represenantes dos departamentos de Saúde Animal; de Suporte e Normas; de Gestão Corporativa; de Serviços Técnicos e de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa. Também podem ser convidados representantes de outros órgãos e entidades públicas e privadas para as reuniões de debate sobre as ações de enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Em nota, a pasta esclarece que o grupo será responsável por diversas ações de enfrentamento à doença. Entre as atribuições estão a divulgação de informações à população, a identificação e a adoção dos mecanismos de apoio aos órgãos do Mapa.
Até exta sexta-feira, o governo federal havia confirmado oito casos da IAAP em aves silvestres. Sete foram identificados no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim. Outro caso havia sido confirmado no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves infectadas com o vírus H5N1 são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
No entanto, a Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro confirmou a existência de um segundo caso de gripe aviária em ave silvestre no estado. Segundo informações do executivo estadual, o animal da espécie trinta-réis-de -bando (Thalasseus acudiflavus) foi recolhido por profissionais da AMBIPAR, empresa especializada em gestão ambiental, na praia de Tamoios, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, que notificaram o Serviço Veterinário Oficial (SVO). “O órgão fez a coleta de amostra e envio ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), que fez a análise”, afirmou nota oficial do governo carioca.
O Rio Grande do Sul segue livre de IAAP, conforme informou ontem a Secretaria da Agricultura (Seapi). "Seguimos com o monitoramento e o avistamento de aves e uma vigilância ostensiva, bastante intensificada. Estamos trabalhando para que, no caso de ocorrência no Estado, a detecção seja precoce e que possamos agir o mais rápido possível", ressalta a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares.
Até agora, vigilância estadual já recebeu 72 notificações de suspeitas e realizou amostragem em 15 delas. Cinco das suspeitas foram fundamentadas, mas todas, descartadas.
