Plano Safra 2024/25 requer detalhamento mais profundo e incremento de linhas, diz Fávaro
Ministro da Agricultura afirma que adiamento do anúncio oficial para 3 de julho deve-se à necessidade de equilibrar orçamento público e subvenções a juros e seguros
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o adiamento do anúncio do Plano Safra 2024/25, inicialmente previsto para esta quarta-feira, deve-se à necessidade de maior detalhamento da política de crédito oficial.
“O Plano Safra, em função deste compromisso de ter equação equilibrada de orçamento público com subvenção das taxas de juros e seguro rural, está requerendo um detalhamento mais profundo", disse Fávaro a jornalistas na portaria do Ministério da Agricultura.
O ministro acrescentou que o governo vai incrementar novas linhas de financiamento de apoio à produção no Plano Safra 2024/25 a fim de ampliar os recursos disponíveis.
“O BNDES vai ter participação importante nisso. O Banco do Brasil também está fazendo suas contas”, antecipou Fávaro.
Fávaro lembrou que a vigência do plano safra atual se estende até o próximo domingo, 30, e que, por isso, o governo decidiu que não precisa antecipar o anúncio.
“Então, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira que vem no máximo, anunciaremos o novo Plano Safra. Com esse período a mais, temos tempo de detalhar os números finais, fazer contas e ampliações necessárias para fazer um anúncio satisfatório”, observou o ministro, sem assegurar a data.
Bastidores
Informações de bastidores dão conta que o adiamento deve-se ao fechamento do valor dos recursos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria a intenção de lançar o Plano Safra 2024/25 com R$ 630 bilhões em recursos disponíveis ao financiamento de pequenos, médios e grandes produtores.
A quantia é quase R$ 200 bilhões acima da ofertada no ano passado. Mas, segundo interlocutores que acompanham as tratativas, o montante esbarra no orçamento e a equipe econômica alega que não há disponibilidade de recursos para mais de R$ 600 bilhões.
Os valores solicitados pelas pastas da Agricultura e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) somam em torno de R$ 530 bilhões para custeios e investimentos. A quantia contempla R$ 452,3 bilhões solicitados para médios e grandes produtores e R$ 80 bilhões para agricultores familiares.