Servidores da Agricultura pedem isonomia em projeto de reestruturação de carreiras
Assagra afirma que a proposta segrega servidores da área de pesquisa agropecuária
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A Associação de Servidores das Ciências Agrárias do RS (Assagra) está pedindo alterações no projeto de lei proposto do governo do Estado para reestruturar diversas carreiras públicas da administração direta e indireta. O pacote de Eduardo Leite deve ser votado na sexta-feira pela Assembleia Legislativa. A Assagra quer sensibilizar deputados e o governo para incluir todos os servidores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi). Segundo a entidade, o projeto governamental segrega servidores, beneficiando apenas pesquisadores de Nível Superior, deixando outros 101 profissionais de fora da reestruturação.
Conforme o presidente da Assagra, Paulo Henrique Souza da Silva, os servidores compunham o quadro da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), extinta em 2019, e agora estão lotados no Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e em outras pastas. No total, o DDPA conta com 165 servidores.
“Um dos objetivos do projeto do governo era equalizar, atender a um princípio de isonomia e deixar mais equânime, de forma a reduzir a diferença de remuneração entre os servidores, mas criou-se uma discrepância, colocando alguns para dentro do projeto e outros para fora”, afirma Silva.
Os servidores pretendem conversar com parlamentares do governo e da oposição para buscar a inclusão de todos na proposta. Conforme Silva, servidores de Nível Superior que não são pesquisadores não foram incluídos na proposta de reestruturação. “Tem requintes de crueldade. Somos um quadro que passou por cinco anos de salário parcelado, como todos os demais, mas estamos há 10 anos sem qualquer reposição, salvo aqueles 6% em 2021, que é praticamente nada”, afirma.
O presidente da Assagra argumenta que o impacto financeiro seria mínimo com a inclusão de todos os servidores. “E torna-se humilhante trabalhar no mesmo local em que outro servidor na mesma função ganha o dobro”, diz. “Pedimos sensibilidade do governo para incluir todo o quadro da Fepagro no projeto”, reforça. Conforme o presidente, se aprovada a reestruturação nos moldes propostos pelo governo outros servidores da Seapi passarão a ter outras atividades, serão sobrecarregados e ganharão menos do que agora.