Enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas que atuam no Hospital Getúlio Vargas e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas de Sapucaia do Sul estão em estado de greve em decorrência dos parcelamentos e atrasos salariais. Além disso, segundo informou o vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs), Ismael Miranda da Rosa, há também atrasos nos pagamentos das férias e não há depósitos de valores do Fundo de Garantia (FGTS) dos trabalhadores. Em decorrência deste cenário, os trabalhadores realizaram na manhã desta quinta-feira uma manifestação pacífica em frente ao prédio da UPA 24 horas para chamar atenção da população que busca serviços no local.
"Na data de ontem (22) foi depositado os 38% que faltava do salário de setembro, que foi fracionado em três vezes. Salário este que deveria ter sido depositado no quinto dia útil do mês." Segundo o vice-presidente do Sindicato, caso o atraso se repita no próximo mês, a categoria decidiu em assembleia pela deflagração da greve.
"O recurso vai ter que aparecer porque nós estamos aqui, batendo ponto, trabalhando, cuidando da vida das pessoas. Temos conta da água para pagar, conta da luz, creche e aluguel. Só que está havendo uma ruptura do contrato. Eu devo receber no quinto dia útil e não fracionado ao longo do mês. Isso está errado. E o Fundo de Garantia tem que ser depositado." Há relatos entre os trabalhadores de que os depósitos de FGTS não acontecem há mais de um ano.
"Estamos temerosos quanto ao pagamento do 13º salário. O fator de adoecimento é muito grande entre os profissionais. Cerca de 90% da categoria são mulheres, chefes de famílias e mães solos. Como fica o planejamento de vida destas pessoas? Realmente trata-se de um ato de violência contra os trabalhadores."
Em nota, a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas informou que, conforme previsão divulgada, ocorreu o repasse de recursos financeiros e foi quitada a folha de pagamento dos profissionais de nível superior. O pagamento foi feito às 17 horas e os casos de portabilidade bancária devem ter o valor creditado de acordo com horário de expediente bancário. A FHGV esclarece ainda que os atrasos salariais têm ocorrido em razão do corte de verbas do Programa Assistir, bem como o atraso de depósito do FGTS.
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