Quando escutar um verso bonito, lembrarei do Rillo e do Jacaré. Das vozes e das melodias. Na costa do rio vou me embrenhar na saudade.
Ali eu ia produzir, pagar toda a conta e criar de tudo. E vendo, a Leste, umas coxilhas mais altas, a rebatizei na hora de Rincão da Serra.
Depois de tudo, caía um silêncio que só era quebrado, à noite, pelo barulho dos bichos lambendo o sangue coalhado
Eu sou um gato, mas posso ser também a voz dos animais que ficaram perdidos por esses fundões de campo
São os filhos da terra, netos e bisnetos das primeiras recolutas, das primitivas andanças e da conquista do território
Tudo recomeça, porque o homem nunca está pronto, preparado, sempre estará faltando algo, já que somos e sempre seremos incompletos
Aqui estou, Nazareno, saudando a tua chegada, outra vez. Traga-nos o teu olhar misericordioso, o teu rosto de bondade (...)
Ficarei segurando um lenço branco na ponta do cabo do relho e saudando o ano que se vai embora. Veio, fez sua parte e está de partida
Então, não deixe o velho ranzinza entrar com amarguras e tristezas. Esporeie o futuro como um domador de sonhos
Aparecido Tardelli Antunes já estava com mais de 80, sempre fora esquecido, porém naquele dia sua memória ressurgia com toda força outra vez
Era respeitado como tropeiro responsável, desses de nunca deixar uma rês na estrada. Porém com o passar dos anos ficou esquecido
Quero a lentidão daquele entardecer, dos dias bolicheiros e alegres, de um sol colorado que adormeça neste coração campesino
O cuera veio se esconder nesses pagos e achou aquele velho cemitério abandonado. Ali, por certo, ninguém ia encontrá-lo.