Brasil vive madrugada mágica com bicampeonato olímpico na vela e bronze nos 400m com barreiras

Brasil vive madrugada mágica com bicampeonato olímpico na vela e bronze nos 400m com barreiras

Martine Grahel e Kahena Kunze venceram novamente a medalha de ouro na classe 49er FX; Alison dos Santos ficou em terceiro lugar em corrida extraordinária

Correio do Povo

Dupla é bi-medalhista olímpica na vela

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A terça-feira da Tóquio 2020 teve das arrancadas mais positivas para o Brasil em toda a Olimpíada. O início da madrugada teve quase juntas duas medalhas para o país, com o bronze de Alison dos Santos em corrida de outro planeta dos 400m com barreiras e o ouro histórico do bicampeonato olímpico de Martine Grahel e Kahena Kunze na vela 49er FX.

Mais no começo da manhã, novas alegrias para o Time Brasil nos Jogos Olímpicos. Bia Ferreira avançou às semifinais no boxe e já garantiu pelo menos o bronze. No futebol, a seleção brasileira venceu o México nos pênaltis e também garantiu no mínimo a prata. 

Até chegar à consagração de Alison, contudo, o Estádio Olímpico teve frustrações de brasileiros. Enquanto a saltadora alemã Malaika Mihambo buscava o ouro do salto em distância, dez atletas do Brasil competiram, mas foram eliminados ainda nas primeiras fases de salto triplo, 200m rasos, 400m rasos e lançamento de dardo. Entre eles, Almir Júnior, da Sogipa, que não conseguiu atingir os 17,05m em suas três tentativas para avançar até a final.

Mas chegou a hora da decisão dos 400m com barreiras e a corrida foi um espetáculo alienígena, tal o nível de performance de todos os finalistas. Alison foi bronze, com recorde sul-americano e muita festa brasileira. O norte-americano Rai Benjamin teria feito recorde mundial com seu tempo da prata... Mas Karsten Warholm, da Noruega, pulverizou todas as marcas com 45s94, quase um segundo melhor que o recorde que era dele mesmo.

Bicampeonato na vela classe 49er FX

Pouco depois de Alison cruzar a linha de chegada, das águas vinha uma medalha de ouro. Martine Grahel e Kahena Kunze finalizaram a regata da medalha da classe 49er FX em terceiro lugar e, com a pontuação, sagraram-se bicampeãs olímpicas. A dupla se recuperou de uma primeira regata ruim até virar o jogo para cima de holandesas e alemãs.

Na classe 470, a gaúchas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan venceram a penúltima etapa e, no quinto lugar, terão chances de medalha na decisão. Na classe Nacra 17, a única mista do programa, a regata da medalha foi disputada nesta madrugada. A dupla brasileira, formada pelo gaúcho Samuel Albrecht e a carioca Gabriela Nicolino, chegou em décimo lugar e encerrou sua participação na décima colocação geral. O ouro foi para a Itália, a prata, para a Grã-Bretanha, e o bronze, para a Alemanha.

Ainda no departamento aquático, o Brasil por pouco não beliscou uma medalha na canoagem. Após avançar bem na semifinal, Isaquias Queiroz e Jacky Godmann pressionaram os alemães pelo bronze da classe C2 1000m, mas acabaram no quarto lugar na final. A prova teve ouro de Cuba, surpreendendo a China, favorita. Também com quebra de recordes olímpicos. 

Vôlei de quadra avança, vôlei de praia perde

O vôlei começou a noite com decepção, na areia. Ana Vitória e Rebecca acumularam erros ao longo da disputa contra a Suíça. Por 2 sets a 1, acabaram eliminadas por Verge-Depre e Heidrich. 

Mas o esporte de tradição "medalhista" para o Brasil foi motivo para comemorar na quadra. Com alguns momentos de maior pressão, mas controle geral do gol, a seleção masculina venceu o surpreendente Japão por 3 a 0 e avançou à semifinal da Olimpíada. Vai enfrentar o Comitê Olímpico Russo. Na fase de grupos, a equipe da Rússia derrotou os brasileiros por 3 a 0. 

A brasileira Laís Nunes foi superada pela búlgara Taybe Yusein por 4 a 1 nas oitavas de final da categoria até 62 kg no estilo livre do wrestling na Olimpíada de Tóquio (Japão). A luta foi disputada nesta terça-feira no Centro de Convenções Makuhari Messe. Ela ainda não está eliminada oficialmente da competição. Ela depende dos próximos resultados da adversária para saber se terá chances de disputar a repescagem.

"Dream team" na semifinal

No basquete masculino, o torneio viu as quartas de final com um grande confronto entre Espanha e Estados Unidos. Os espanhois foram parada duríssima e chegaram a liderar o jogo, mas os norte-americanos usaram seus vastos recursos técnicos para virar em 95 a 81. A Eslovênia despachou a Alemanha - algoz do Brasil no pré-olímpico - por 94 a 70. 

Com a quarta medalha de ouro consecutiva na luta greco-romana, conquistada nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o cubano Mijaín López entrou para a história olímpica ao igualar o feito de lendas como Carl Lewis e Al Oerter no atletismo e Michael Phelps na natação. Eles são os únicos atletas da história com quatro títulos olímpicos na mesma prova. Na decisão da categoria até 130 quilos, a maior da luta greco-romana, o cubano venceu o georgiano Iakobi Kajaia por 5 a 0. 

Bia garante medalha e Abner é bronze no boxe

O Brasil garantiu mais uma medalha no final da madrugada desta terça nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Falta definir a cor. A boxeadora Beatriz Ferreira superou Raykhona Kodirova, do Uzbequistão, por decisão unânime dos árbitros. Com o resultado, se classificou para a semifinal da categoria até 60 kg. A adversária será a finlandesa Johanna Potkonen, que venceu a turca Esra Yildiz. O combate será às 2h15min da madrugada de quinta-feira.

Pouco depois da luta de Bia, o brasileiro Wanderson de Oliveira foi derrotado pelo cubano Andy Cruz nas quartas de final do peso leve (até 63 kg) e não conseguiu chegar à disputa por medalhas. Cruz venceu por decisão dividida dos árbitros (4 a 1), na arena Kokugikan.

Por fim, Abner Teixeira definiu a cor de sua medalha: ele ganhou bronze para o Brasil por ter se classificado à semifinal da categoria até 91 kg. No combate, perdeu para o também cubano Júlio César de La Cruz, por decisão unânime dos árbitros, e não avançou à final.

Flávia fica em sétimo no trave

Com um sétimo lugar na final da trave, Flávia Saraiva encerrou a participação do Brasil nas disputas da ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Tóquio, na manhã desta terça-feira. Ela teve uma nota de 13.133, muito em função de um desequilíbrio que sofreu logo no início da sua apresentação. A delegação brasileira da modalidade deixa o Japão, assim, com um ouro e uma prata (de Rebeca Andrade) e um total de oito finais. 

A prova da trave marcou o retorno de Simone Biles, após ter desistido de quatro finais em função de problemas de saúde mental. A estrela americana ganhou medalha de bronze, a sua sétima em Olimpíadas. O ouro e a prata foram para ginastas da China, Chenchen Guan e  Xijing Tang, respectivamente.


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