Calorão faz estoques de ar-condicionado terminarem em lojas de Porto Alegre

Calorão faz estoques de ar-condicionado terminarem em lojas de Porto Alegre

Comércios da Capital relatam espera de até 15 dias para repor modelos

Felipe Faleiro

Últimas unidades já estão sendo adquiridas em comércios da Capital

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Atenção, amantes do frescor: há lojas de Porto Alegre sem estoque de ar-condicionado, e a procura está grande nestes dias de calor intenso e marcas históricas para esta época do ano. Por isso, é preciso pesquisar bastante. Quem tem mais sorte, consegue levar as últimas unidades em determinados comércios. A procura tem sido intensa, e, de acordo com funcionários de grandes redes, muitos clientes nem mesmo estão atentando ao preço, em nome de fugir do sol forte a qualquer custo.

Não é diferente para os ventiladores, cuja variedade de produtos é um pouco maior, embora os itens tenham sido o carro-chefe de lojas de departamentos e especializadas em eletroeletrônicos. Os militares Marco Garibaldi e Marcelly Fernandes estavam em busca de um modelo, mesmo pequeno, para se refrescarem. “Passamos por várias lojas e estamos analisando. Estamos buscando um mais forte, analisando qualidade e valores”, comentou ele, enquanto visitava uma unidade na avenida da Azenha.

A estudante universitária Gisele Rodrigues conseguiu levar um modelo para casa. “É bom porque eu posso colocar em cima do armário. Acredito que tive alguma sorte em conseguir”, avaliou ela. O vendedor Anderson de Oliveira, de outra loja, disse que o giro de estoque tem sido grande. “As pessoas procuram muito nesta época. Mas não há diferença em relação ao ano passado. As vendas têm sido iguais”, comentou ele.

Em outro comércio da Azenha, há uma semana não há mais aparelhos de ar condicionado em praticamente todas as lojas de uma grande rede de departamentos em Porto Alegre. “Estamos encomendando, porém a entrega está levando 15 dias para ocorrer”, afirmou o líder de vendas de uma unidade, Mateus Silva. “Já os ventiladores estão demorando mais para terminar”, acrescentou. O empresário Adriano Haubert, que tem uma distribuidora de gás na região, conseguiu adquirir um dos últimos aparelhos, do modelo portátil. “Tenho um grande, porém não está dando conta. Este aqui é melhor, e o calor está muito grande”, comentou.

De acordo com dados divulgados neste mês pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços do ar-condicionado subiram 6,09% no Brasil em outubro, a maior inflação para o produto em três anos. Em novembro, nova alta de 4,22%. Em Porto Alegre, os preços subiram 2,08% em outubro e 6,47% no mês passado. A seca histórica no Amazonas, região produtora de eletroeletrônicos, e a recente onda de calor, não apenas no Sul, mas também outros locais, como o Sudeste, contribuíram para a alta dos preços, afirmou o IBGE. Procurados, o Sindilojas-POA e a CDL POA afirmaram que não realizam levantamento da venda destes produtos na Capital.

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