Meteorologista recomenda que moradores acompanhem a previsão a cada hora na região Sul
Previsão de mais chuvas a partir desta segunda-feira (11) preocupa
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O meteorologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) Júlio Quadro aconselhou que os moradores da metade Sul do Estado acompanhem a previsão do tempo a cada hora. O risco de alagamento permanece e a situação pode mudar rapidamente, explicou o meteorologista em reunião promovida pela Coordenação Regional da Defesa Civil na sede da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), em Pelotas, na manhã desta segunda-feira (11).
“A estimativa é de muita chuva na madrugada e nos próximos dias. O problema é que vai chover em um solo que já está molhado. Em setembro, o acumulado deve fechar de duas a três vezes mais que o previsto para a região. A natureza pega muita água de volta, mas choveu semana passada, então não dá tempo, pois a atmosfera está muito úmida. A situação é preocupante e o quadro complicado”, descreveu Quadro. De acordo com ele, isso pode ser explicado por um aquecimento das águas acima do normal nos oceanos Atlântico e Pacífico.
A reunião desta manhã contou com a presença de entidades de diversos setores para discutir estratégias de como lidar com as possíveis consequências das chuvas previstas para esta semana. Entre os presentes estavam representantes da CEEE Equatorial, Corsan, Exército, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho de Psicologia, 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, Poder Judiciário, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e curso de meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
“É uma união de forças, de todos os segmentos que atendem a população. Isto é para que juntos e integrados possamos dar a melhor resposta ao cidadão, priorizando o de maior necessidade e vulnerabilidade, mas informando a todo”, enfatizou o Coordenador Regional de Proteção e Defesa Civil Tenente Coronel Márcio André Faccin.
Faccin anunciou que um galpão na Secretaria Municipal de Assistência Social em Pelotas deverá ser usado para receber doações para toda a região. “Vamos montar um espaço para estrutura regional. Caminhões serão colocados à disposição e aqueles que tiverem necessidade poderão solicitar. Estamos organizando para chegar em quem realmente precisa”, disse ele, que coordena 27 cidades do sul e centro sul do Estado. Faccin esclareceu que os abrigos são de responsabilidades das cidades. Atualmente em torno de 300 pessoas foram acolhidas por abrigos públicos de Cerrito, Pedro Osório, Arroio Grande e Rio Grande.