Dois homens acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri em Canoas, nesta sexta-feira por envolvimento no duplo homicídio de Taís de Lima Prates, de 22 anos, e Leonardo Souza Xavier, de 25 anos. As penas são de 46 e 40 anos de prisão. O júri se iniciou na quinta-feira e a acusação foi feita pelos promotores de Justiça Daniela Fistarol e Rafael Russomanno Gonçalves.
Em relação aos crimes, a motivação foi por ciúmes. O caso teve grande repercussão pela brutalidade dos crimes e pelo desaparecimento das vítimas por 20 dias. A denúncia, oferecida pelo MPRS em julho de 2023, apontou que os réus atraíram Leonardo para um encontro próximo ao Parcão, em Canoas, e sequestraram Taís em sua residência, utilizando um veículo clonado.
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Ambos foram levados a uma área de mata em Nova Santa Rita, onde foram executados com disparos de arma de fogo. Os corpos foram enterrados em local ermo e só encontrados em 2 de junho de 2023, após um dos acusados indicar o local à polícia. Os crimes ocorreram por sentimento de posse e ciúmes de um dos réus, ex-namorado de Taís (que foi sentenciado a 46 anos de reclusão).
Ele não aceitava o fim do relacionamento e suspeitava de envolvimento dela com Leonardo. O MPRS sustentou que os homicídios foram qualificados por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e, no caso de Taís, feminicídio. Os réus também foram condenados por ocultação de cadáver e receptação do veículo usado no crime.