Dia Mundial da Raiva chama atenção para a necessidade de monitoramento
No Rio Grande do Sul, em 2023, a Secretaria da Agricultura vistoriou 498 refúgios de morcegos hematófagos, identificando 66 focos da doença em 28 municípios, número que pode aumentar com o excesso de chuva.
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Nesta quinta-feira, dia 28 de setembro, se celebra o Dia Mundial de Luta contra a Raiva, zoonose fatal que não tem tratamento, mas pode ser combatida com vacina. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), apenas no ano de 2023, percorreu 128 municípios, registrando 66 focos de raiva herbívora em 28 localidades. Foram vistoriados 498 refúgios de morcegos hematófagos, com focos especialmente identificados na Fronteira Oeste do Estado. Em 2022, conforme o coordenador do Programa de Controle de Raiva Herbívora, Wilson Hoffmeister, foram 109 focos em 37 municípios.
O clima no Rio Grande do Sul, entretanto, preocupa. "Todo excesso climático, seja calor ou frio, excesso ou falta de chuva, pode causar estresse nas colônias e os morcegos que têm o vírus mas não desenvolveram a doença, podem vir a fazê-lo em função destas ocorrências”, afirma o coordenador.
Além das ações de fiscalização, a Seapi possui um laboratório da raiva, instalado no Centro de Pesquisas Desidério Finamor, em Eldorado do Sul, que analisa cerca de 1,3 mil amostras anuais do vírus em bovinos e morcegos.“Este laboratório desempenha um papel vital em todo o Rio Grande do Sul, atendendo a uma ampla variedade de amostras provenientes de animais de produção, animais de companhia e animais silvestres, como bovinos, equinos, suínos, caprinos, ovinos, cães, gatos, morcegos, saguis, gambás, bugios e outros”, destaca Vilar Ricardo Gewehr, diretor adjunto do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Seapi.
