Farsul alerta sobre impacto da importação do arroz no ICMS gaúcho

Farsul alerta sobre impacto da importação do arroz no ICMS gaúcho

Decisão do governo federal de autorizar compra no Exterior, com tabelamento de preço, poderia causar queda de até R$ 442 milhões na arrecadação

Correio do Povo

Colheita de 84% da área plantada com arroz afastada possibilidade de desabastecimento do cereal no país

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A eventual importação de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) poderá resultar em queda de até R$ 442 milhões na arrecadação do ICMS gaúcho. A possibilidade foi apontada por estudo desenvolvido pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, caso se confirme a compra do cereal no Exterior, autorizada pelo Palácio do Planalto. O alerta da Farsul foi encaminhado nesta terça-feira, 4, ao governo estadual. A avaliação da federação considera ainda a intenção do Planalto de tabelar em R$ 4 o preço final do quilo do arroz ao consumidor.

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A queda na arrecadação poderia atingir entre R$ 251 milhões e R$ 442 milhões, variando conforme a provável baixa do preço do cereal gaúcho. “Diante do exposto, concluímos que neste momento de extrema preocupação dos governos locais em manter a arrecadação para que se possa além da reconstrução, manter o funcionamento das forças de segurança, saúde, educação e demais funções governamentais, nos parecem descabidas e imprudentes as medidas do governo federal para tabelar o preço do arroz ao consumidor”, finaliza o estudo.

Segundo o governo federal, as importações têm como objetivo garantir o abastecimento interno e equilibrar os preços do cereal após as enchentes no Rio Grande do Sul. O Estado produz 70% do grão consumido no país, tendo completado a colheita de 84% da área cultivada com arroz quando se iniciaram as chuvas. A Confederação Nacional da Agricultura, garantindo a inexistência de risco de desabastecimento interno, ingressou na segunda-feira, 4, com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal questionando a importação.


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