Na próxima semana, de 22 a 26 de outubro, o município de Vacaria promove sua 1ª Festa da Maçã, que contará com a parceria como expositor da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM) e do Clube da Maçã Brasileira, que, no último domingo, comemorou oito anos de divulgação da fruta nacional. O evento, entretanto, ainda não acontece com uma safra plena. Em razão dos eventos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dois anos, em especial os representados pelo excesso de chuvas, o resultado da colheita no ciclo 2024/2025 foi de 420 mil toneladas, 210 mil toneladas a menos do que na safra 2020/2021, quando o Estado conseguiu colher o volume dentro de sua capacidade, de 620 mil toneladas.
Moisés Lopes de Albuquerque, diretor-executivo da ABPM, explica que 48% da área plantada com maçãs no Brasil está no Rio Grande do Sul. Outros 48% estão em Santa Catarina, o que faz com que os dois estados tenham produções muito parecidas.
“Podemos dizer que Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os estados líderes na produção nacional da fruta, com diferenças de volume irrelevantes”, pontua Albuquerque.
De acordo com o dirigente, os problemas climáticos dos últimos dois anos também fizeram que o Brasil voltasse a importar maçã. No ano passado, o país comprou 235 mil toneladas da fruta no exterior, sendo que a cota normal de importação nos últimos anos ficava entre 50 mil e 60 mil toneladas. “O volume do ano passado é o maior desde 1996, quando o Brasil chegou a importar 325 mil toneladas de maçã”, destaca o diretor.
Com a estabilização do clima, e as previsões positivas para os próximos meses, Albuquerque prevê o retorno da safra cheia para o Rio Grande do Sul.
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A 1ª Festa da Maçã de Vacaria celebra os 175 anos do município, reforçando a importância da região na cadeia produtiva da fruta. Vacaria é responsável por 50% da produção gaúcha e 24% da produção nacional de maçãs, liderando uma região cuja produção supera a de países como Argentina, Portugal e Inglaterra. O município também lidera 83% das exportações brasileiras de maçãs, que chegam a mais de 40 países, além de concentrar 75% da capacidade industrial do Estado para armazenamento e beneficiamento da fruta.
“Vamos criar na feira um ambiente de acolhimento para a população vacariense e para todos os visitantes que passarem pelo local, valorizando a importância da comunidade na cadeia da maçã”, completa Albuquerque.