RS volta a registrar alta na exportação de carne suína
Resultados de outubro tiveram aumento de 25,6% em relação ao mesmo período do ano passado
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O Rio Grande do Sul voltou a registrar alta na exportação de carne suína. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Estado encerrou o mês de outubro com 27,6 mil toneladas embarcadas, indicando um aumento de 25,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em setembro, uma queda de 7,1% nos embarques havia encerrado a sequência de números positivos ocorridos em julho (+5,22%) e em agosto (+13,66%), sempre em comparação com o período equivalente de 2023.
O Estado permanece como segundo maior exportador de carne suína entre as unidades da Federação, atrás de Santa Catarina, com 68,6 mil toneladas exportadas em outubro, saldo 45,7% maior em relação a outubro de 2023. Atrás do Rio Grande do Sul, estão o Paraná, com 20,6 mil toneladas exportadas em outubro (+44,5%), Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-19,2%) e Mato Grosso do Sul, com 2,9 mil toneladas (+54,6%).
Recorde de receita
No país, as exportações da proteína totalizaram 130,9 mil toneladas em outubro. O número é o segundo melhor saldo mensal da história do setor, e supera em 40,7% as exportações registradas no mesmo período do ano passado, com 93 mil toneladas. Em receita, o saldo é recorde: total de US$ 313,3 milhões em outubro, superando em 56,4% o total realizado no décimo mês do ano passado, com US$ 200,3 milhões.
No ano (janeiro a outubro), as exportações de carne suína acumulam alta de 10,7% em volumes, alcançando 1,121 milhão de toneladas exportadas nos dez primeiros meses de 2024, contra 1,013 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior. A receita de exportações em 2024 também é positiva, com alta de 5,2%, com total de 2,482 bilhões de dólares entre janeiro e outubro deste ano, contra 2,361 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado.
As Filipinas assumiram, pela primeira vez, o primeiro lugar no destino das exportações de carne suína do Brasil, com total de 206 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro de 2024, saldo 103,3% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida estão China, com 199,9 mil toneladas (-40,6%), Chile, com 92,5 mil toneladas (+33,9%), Hong Kong, com 89,4 mil toneladas (-11,8%) e Japão, com 75,8 mil toneladas (+137,2%).
“Após anos como principal destino das exportações de carne suína do Brasil, a China cedeu lugar para as Filipinas, em um momento em que vemos o setor ampliar significativamente a capilaridade de suas exportações. No mês de outubro, dos 10 primeiros importadores, apenas dois não registraram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.