Santa Vitória do Palmar recebe plantio de 400 mudas de butiazeiros

Santa Vitória do Palmar recebe plantio de 400 mudas de butiazeiros

Ação em área de vegetação ameaçada de extinção foi conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Correio do Povo

Projeto tenta reverter extinção dos palmares por meio do interesse econômico proporcionado pelos butiazeiros

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Vegetação natural dos campos de Santa Vitória do Palmar, na Região Sul do Estado, e hoje ameaçada de extinção, os palmares do município receberam o reforço de 400 mudas da espécie Butia odorata. O plantio foi viabilizado por meio de projeto do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação.

Há quase duas décadas o departamento conduz pesquisas sobre o aproveitamento econômico do butiazeiro. A partir desse interesse econômico, se estabeleceu a intenção de reverter o processo de ameaça de extinção da planta, numa região onde era abundante.

“A partir da metade do século 20, a maior parte dos palmares foi substituída por lavouras de arroz, pastagens e, mais recentemente, por plantações de soja”, afirma o pesquisador Gilson Schlindwein.

A propriedade de Bruna Abeijon foi o local escolhido para o primeiro passo na reposição de butiazeiros em Santa Vitória do Palmar, com a implantação das 400 mudas.

“Minha mãe herdou essa propriedade dos meus avós, que arrendavam a área para plantação de soja e arroz. Mas a gente queria fazer algo diferente, que fosse nativo da região. Pesquisamos bastante e conhecemos um agrônomo, que entrou em contato com o departamento sobre as ações para cultivo do butiá”, conta Bruna.

A expectativa é de ampliar a plantação de butiazeiros até cobrir uma área de 22 hectares.

“A gente pretende explorar economicamente o butiá. Quando as palmeiras frutificarem, vamos instalar uma despolpadeira para produzir e vender as polpas”, planeja a produtora rural.

As mudas utilizadas são provenientes de uma pesquisa colaborativa do departamento com agricultores interessados no cultivo da fruta nativa.

“Nesse trabalho, são selecionados indivíduos mais produtivos e com ótima qualidade de frutos, ou seja, plantas capazes de produzir cachos maiores, com frutos mais doces, graúdos e maior rendimento de polpa”, detalha Gilson.

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