Estado diz que chamará reunião com produtores para discutir liberação do Fundoleite

Estado diz que chamará reunião com produtores para discutir liberação do Fundoleite

Pedido foi feito por organizações do segmento e consta de pauta organizada por 10 entidades

Correio do Povo

Fundoleite e outros fundos estaduais apresentam dificuldades ao acesso dos setores a que fazem parte

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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) informou que está avaliando a proposta do setor produtivo de liberar recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite) para socorrer produtores atingidos pelas cheias. Conforme a Seapi, o tema deve ser discutido em reunião com entidades do setor, mas ainda não existe data para o encontro.

Assim como outros fundos agropecuários públicos do Estado, o Fundoleite foi alvo no ano passado de reclamações por dificuldades de acessar os valores que são cobrados de produtores e indústria e acabam indo parar no caixa único do Estado. O Fundoleite tinha em junho passado R$ 30,41 milhões no caixa do Estado, além de cerca de R$ 400 mil aportados mensalmente pelas contribuições do setor.

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O novo pedido de liberação do Fundoleite foi feito na quarta-feira, em reunião da Câmara Setorial do Leite e Derivados da Seapi. Representantes do setor argumentam que o produtor de leite enfrenta dificuldades em razão de estiagens nos anos recentes e agora abalados pelas cheias, principalmente na região do Vale do Taquari. Os recursos do Fundoleite poderiam ser aplicados na reconstrução de propriedades atingidas e de pastagens e alimentação para o rebanho leiteiro. A alteração e aplicação de recursos do Fundoleite também consta de pauta de reivindicações compiladas pela Assembleia Legislativa e 10 entidades do setor e já apresentadas ao governo do Estado.

No ano passado, a indignação dos produtores levou o tema a ser discutido na Assembleia Legislativa, quando três entidades representativas da agropecuária pediram a extinção do Fundoleite ou a transição para uma gestão privada, em razão da morosidade e burocracia para liberação de recursos a projetos do setor. A posição foi defendida por Federação da Agricultura do RS (Farsul), Sindicato e Organização das Cooperativas do RS (Ocergs) e Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do RS (Apil).


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