Um outro lado dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul

Um outro lado dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul

No próximo dia 2 de outubro, os eleitores gaúchos vão definir quem será o próximo governador do Estado

Correio do Povo

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O Correio do Povo publica perfis dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. Os leitores vão encontrar relatos de acontecimentos pouco conhecidos das trajetórias dos concorrentes, memórias que vão muito além das disputas, curiosidades, momentos de pequenas ou grandes adversidades, histórias de amor e emoção. O conjunto ajuda a mostrar um pouco da vida de cada um fora da agitação das campanhas e independentemente de partidos e campos políticos. 

A seguir, por ordem alfabética, um pouco dos perfis dos cinco principais postulantes ao cargo.

Edegar Pretto: Uma trajetória ligada à terra


Foto: Alina Souza

Instalado na sala do comitê de campanha que decorou com uma foto emoldurada na qual, ainda criança, aparece acompanhando o pai, e desenhos recentes feitos pelos dois filhos menores, o deputado estadual Edegar Pretto, 51 anos, candidato ao governo pelo PT, admite que é difícil separar a política de toda a sua vida, sejam as lembranças, os gostos ou os relacionamentos sociais. Ele começa a falar sobre músicas, hábitos e preferências, como a paixão por cultivar flores – plantou 800 mudas de flores, entre elas muitas rosas e azaleias, e árvores frutíferas na chácara de 1,5 hectare que possui na Lomba do Pinheiro, durante o ano e meio da pandemia em que se mudou do apartamento no Centro para lá. Leia aqui.

Eduardo Leite:  O homem que domina o pandeiro


Foto: Mauro Schaefer

Após três anos e três meses vivendo em um Palácio, não por lazer mas pela facilidade de morar no trabalho, a atual morada tem sido dividida entre hotéis, o apartamento alugado e uma casa localizada no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Esse último é um local estratégico. É onde está a produtora da campanha, mas também serve para reuniões e de cenário para entrevistas e gravações. É nesse ambiente que a conversa começa. Apesar de uma inicial formalidade, Eduardo Leite (PSDB) faz as honras, oferece e serve café. O clima se altera logo após a primeira pergunta: afinal, quem é o Eduardo? Acomodado na cadeira e com um riso fácil, a resposta vem rápida. “É esse rapaz que está aqui há quase 20 anos na vida pública”, para em seguida citar o rol da sua trajetória política, que começou na disputa a vereador de Pelotas, aos 19 anos, e seguiu até o governo do Estado, posto que renunciou em março passado, mas ao qual pretende retornar no próximo ano, rompendo a tradição gaúcha de não reeleger um governador.  Leia aqui.

Luis Carlos Heinze: Um contador de histórias


Foto: Mauro Schaefer

Quem se acostumou a enxergar o senador Luis Carlos Heinze (PP) como um homem austero, cuja trajetória está desde sempre vinculada a sua atividade como produtor rural de sucesso e liderança do agronegócio, pode ter dificuldade em imaginar o hoje candidato ao governo do Estado rindo com prazer enquanto joga conversa fora à mesa de um movimentado café do Centro de Porto Alegre. O Café à Brasileira, na rua Uruguai, foi o local escolhido pelo senador para falar sobre sua história ao CP, e a alegria veio em vários momentos, enquanto lembrava de peripécias da juventude, ou de situações inusitadas bem mais recentes, como a do dia em que venceu a eleição para o Senado, em 2018. Leia aqui.

Onyx Lorenzoni: Tranquilidade e paz interior


Foto: Alina Souza

O cenário é um prédio baixo em uma rua pouco movimentada do bairro Petrópolis, sem nada que o identifique como um local de campanha, a não ser a profusão de assessores que entram e saem. A princípio, não é o melhor lugar para uma entrevista cujo propósito é extrair de um político experiente preferências pessoais e memórias com emoção genuína. Ao longo de mais de duas horas de conversa, contudo, o deputado federal Onyx Lorenzoni (PL) emenda uma história na outra, se emociona com facilidade e fala da vida com uma animação que torna irrelevante o fato de estar em um escritório movimentado. Mostra, acima de tudo, porque, apesar de já terem existido momentos ‘de baixa’, e não foram poucos, se mantém na vida pública há 28 anos. Agora novamente em evidência e na disputa pelo principal cargo político do Estado. Leia aqui.

Vieira da Cunha: Uma vida de paixão e política


Foto: Guilherme Almeida

Da recepção calorosa na porta, ao cafezinho que faz questão de servir na saída, tudo na casa do ex-deputado Carlos Eduardo Vieira da Cunha, candidato ao governo do Estado pelo PDT, transmite gentileza. A escada de acesso ao segundo andar da cobertura no bairro Menino Deus que divide com a esposa, Luciane, e as filhas gêmeas Alice e Marina, Vieira sobe mostrando fotos que contam um pouco de sua trajetória política. Quando chega ao piso superior, com um satisfeito “Este é o meu canto”, apresenta uma sala espaçosa. Nela, livros de Política e Direito se destacam na estante, e a lareira é cercada por sofás convidativos. Uma mesa comprida revela almoços e jantares feitos para reunir a família e os amigos. Mais de uma dezena de medalhas e honrarias está em destaque em um nicho. E a área aberta, de onde se avista uma parte do Guaíba, abriga uma pequena piscina para ajudar a espantar o calor do verão porto-alegrense. “Sou feliz aqui”, resume, enquanto afaga a cachorrinha Luna. Leia aqui.

Xadrez, música e cuidado com os animais

As curiosidades dos demais candidatos ao Palácio Piratini. 

Carlos Messalla: A política como um tabuleiro de xadrez

Servidor nos Correios e sindicalista, Carlos Messalla (PCB) vê a política como um “grande tabuleiro” de xadrez. Mas, no seu jogo, não se pode deixar todas as decisões para peças como rainhas, reis ou bispos. “Pode-se ganhar o jogo com peões fortes e que saibam se movimentar”, garante. Ele tem o jogo como um dos seus passatempos e incluiu o ensino do xadrez nas escolas em seu plano de governo. Leia aqui.

Rejane de Oliveira: Dedicação a ajudar os cães e gatos de rua

A professora e sindicalista Rejane de Oliveira (PSTU) tem como principal atividade, fora da política e da militância, o cuidado com os animais de rua. “Minha casa é casa de passagem para tratar de bichos com problema de saúde”, conta a candidata. Além dos quatro gatos e quatro cães “oficiais”, com a ajuda do companheiro com quem está há cinco anos, Rejane dá assistência a outros animais. Leia aqui.

Ricardo Jobim: Gremista, músico, motociclista e nadador

Acompanhado dos filhos Theo, 13 anos, Miguel, 9, e Bento, 5, Ricardo Jobim (Novo), mesmo em meio à campanha, não podia deixar de acompanhar a reestreia de Renato Portaluppi como técnico do Grêmio, na vitória sobre o Vasco. Não é incomum ver o advogado e empresário no estádio tricolor. “Sempre frequentei a Arena e o Olímpico no passado. O Grêmio sempre esteve comigo”, garante. Jobim não se furta a falar sobre a predileção clubística e acha que quem o faz durante o pleito o faz por demagogia, “travestindo gostos para ganhar votos”. Leia aqui.

Roberto Argenta: Do seminário para a capacitação de empreendedores

Antes de ser reconhecido como um grande empresário do setor calçadista, Roberto Argenta (PSC) trabalhou na roça com os pais no interior de Gramado e foi seminarista em Gravataí. No entanto, ainda jovem, decidiu que serviria de outra forma à sociedade. “A fé sem obras é morta. Achei que deveria me empenhar em fazer coisas, gerar emprego e bem-estar. A parte de conhecimento doutrinário eu já tinha”, explica. Aos 23 anos, o candidato que hoje tem 69 anos, iniciou uma pequena fábrica de calçados, dando início a um negócio bem-sucedido. Leia aqui.

Vicente Bogo: O seminarista que virou professor e apreciador de canto gregoriano

Seminarista por dez anos, desde pequeno Vicente Bogo (PSB) quis ser padre. De família religiosa, quando já cursava as faculdades de licenciatura em Filosofia, Ciências e Matemática, achou que não estava 100% focado na vida sacerdotal e foi ser professor. Leia aqui.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895